As férias estão aí e é comum neste período a gente sair da rotina e deixar de lado os cuidados com a saúde. Calma! Quem tem diabetes, no entanto, precisa estar atento não só à alimentação, mas especialmente ao tratamento feito para manter a glicemia sob controle. Confira abaixo uma lista com dicas que podem fazer a diferença durante uma viagem ou passeio. Prepare as malas e aproveite!
1 – Antes de tudo é importante considerar o local para onde deseja viajar: fuso horário, comidas típicas e restaurantes.
Parece básico, mas faz toda a diferença. Para pessoas que tomam insulina com horário marcado é preciso fazer a conta certa, avisa Marina Santorso Belhaus, gerente médica de diabetes da Novo Nordisk.
– Converse com o seu médico para que possa programar as aplicações considerando o tempo de viagem, o fuso horário e as peculiaridades da região para onde vai viajar, como o clima. Assim, será possível organizar não só as doses necessárias com eventuais ajustes, mas também a melhor maneira de transportar e armazenar a medicação.
Outra dica importante é pesquisar quais são as comidas típicas do destino e se há restaurantes que ofereçam opções mais leves. Dessa forma, é possível fazer escolhas mais saudáveis, evitando os picos de glicemia.
Para saber a quantidade de carboidrato presente em cada alimento, a Sociedade Brasileira de Diabetes contém um Manual Oficial de Contagem de Carboidratos, com orientações para a escolha dos alimentos mais adequados e forma de consumi-los.
2 – Leve com você um relatório e receitas dos medicamentos e insumos (em português e inglês)
Marina avisa que esse documento é extremamente importante, pois comprovará que você tem diabetes e que estará em posse de medicamentos e insumos (como insulina, lancetas, seringas, canetas de aplicação de insulina) para o seu tratamento e controle. Assim, você terá liberação para levar os insumos em sua mala de mão (no caso de viagem de avião) ou para aplicá-la em um lugar público sem inconvenientes.
Caso a viagem seja internacional, peça ao seu médico para destacar o CID (Código Internacional de Doenças) em sua declaração e mantenha-a com seus documentos pessoais, como passaporte ou identidade. Nesse caso, ter os materiais em inglês é importante pois, no caso de uma urgência, será mais fácil explicar seus sintomas ou necessidade de medicação.
3 – Tenha em mãos o seu medidor de glicose com tiras reagentes, lancetas, lancetador, sachês de álcool e pilhas extras
O ideal é que esses materiais viagem com você, na mala de mão, pois insulinas podem congelar no porão do avião ou em grandes altitudes – sem contar o risco da sua bagagem se perder ou ser pega por engano.
Também é importante levar uma quantidade extra de insumos – segundo Marina, o ideal é que haja o suficiente para pelo menos dois dias a mais de viagem. Assim, caso haja um atraso no trajeto, seu tratamento está garantido.
4- Tenha sempre alguns lanchinhos prontos
Se estiver de carro ou ônibus, por exemplo, problemas no veículo ou engarrafamentos podem acontecer, prolongando o tempo de viagem. Leve, então, suco, barra de cereal ou sachês de glicose, evitando longos períodos de jejum e diminuindo as chances de um quadro de hipoglicemia.
5 – Identifique-se
“É válido usar uma pulseira de identificação, com seu nome e um telefone de emergência, principalmente se estiver viajando sozinho”, sinalizou Marina. Também é válido sinalizar que você tem diabetes e que faz uso de medicação contínua.
5 – Fique de olho na glicemia
Observar a glicemia, especialmente se você tem diabetes tipo 1, deve fazer parte de sua rotina. Por isso, esteja atento à sua glicemia logo antes de sair de casa, para não correr o risco de ser pego por uma hipoglicemia inesperada. Essa atenção deve ser redobrada se você for dirigir por longos períodos.
6 – Movimente-se e beba água
Uma das características do diabetes é a forte dor nas pernas, causada pela má circulação sanguínea. Durante viagens longas, procure fazer pausas para caminhadas (seja dentro do avião ou nas paradas em postos de conveniência) e mantenha-se hidratado, a fim de evitar complicações circulatórias.
– Uma boa dica para viagens longas é o uso de meias de compressão. Elas auxiliam a circulação e aliviam a sensação de inchaço.
7 – Avise se precisar medir a glicemia ou aplicar insulina
As pessoas ao seu redor podem não ter conhecimento do que é diabetes e de como ele é tratado. Se o trajeto for longo e você necessitar medir sua glicemia ou aplicar insulina, explique rapidamente a quem estiver ao seu lado o que fará.
Essas dicas podem ajudar na hora de planejar uma viagem ou gerenciar qualquer emergência que aconteça enquanto você estiver longe de casa. Mas lembre-se: fale com seu médico e ele poderá oferecer orientações específicas para você.
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