Vacinação contra gripe começa nesta segunda, dia 8
Somente profissionais de saúde e indígenas serão imunizados nesta etapa, que termina em 19 de março. Demais grupos devem aguardar novas convocatórias
A primeira etapa da estratégia nacional de vacinação contra a gripe pandêmica começa na segunda segunda-feira (8). Durante duas semanas, até 19 de março, somente os trabalhadores de serviços de saúde que atuam diretamente na resposta à nova gripe e os indígenas que vivem em aldeias serão imunizados. O público-alvo é estimado em 1.915.000 trabalhadores de serviços de saúde e 566.000 mil indígenas. A meta é vacinar, pelo menos, 80% dessas pessoas. Cada estado, em parceria com os municípios, é responsável por determinar como a vacina chegará a essa população (incluindo os trabalhadores da rede privada envolvidos diretamente no atendimento dos casos suspeitos da nova gripe), bem como os locais e horários de vacinação.
Entre os trabalhadores, estão médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica. São pessoas que estão diretamente envolvidas no atendimento de pessoas com suspeita de gripe, que procuram os serviços de saúde por estarem sentido os principais sintomas da doença – febre, tosse, dor de cabeça, dores no corpo, nos olhos e nas articulações e falta de ar. Os indígenas que vivem em aldeias serão vacinados pelos agentes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), como ocorre nas demais campanhas de vacinação do Ministério da Saúde.
“Por sua complexidade, esta campanha será o maior desafio já enfrentado pelo Programa Nacional de Imunização. Portanto, é fundamental a colaboração de todo o país para garantirmos o êxito em proteger, ao máximo, nossa população”, avalia o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que reforça: “Estamos protegendo os grupos mais frágeis e aqueles têm maior risco de adoecer e morrer”.
A vacinação de grupos prioritários segue parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda a imunização de trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas. O governo brasileiro – em consenso com sociedades científicas, entidades de classe e representantes de estados e municípios – ampliou a vacinação para outros três grupos: crianças de 6 meses a menos de 2 anos e adultos saudáveis de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos.
ETAPAS DE VACINAÇÃO – A população dos demais grupos prioritários deve ficar atenta para as datas das outras quatro etapas de vacinação (veja cronograma abaixo). A partir de 22 de março, a vacina estará disponível para três grupos: grávidas em qualquer período de gestação, portadores de doenças crônicas (veja lista abaixo) e crianças de 6 meses a menos de 2 anos. As pessoas desses grupos terão até 2 de abril para ir a um dos locais indicados pela autoridade de saúde local.
As gestantes que engravidarem depois desse período terão a vacina garantida nas fases posteriores. As crianças de 6 meses as menos de 2 anos vão receber uma dose de vacina dividida em duas vezes. A segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira.
Adultos de 20 a 29 anos, mesmo sem problemas de saúde, devem procurar os postos de vacinação de 5 a 23 de abril.
A etapa seguinte será dedicada à Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, que chega à 12ª edição, entre 24 de abril e 7 de maio. Nesse período, todas as pessoas com mais de 60 anos de idade devem tomar a vacina contra a gripe comum, como acontece todos os anos. Aqueles idosos que são portadores de doenças crônicas vão receber, na mesma data, uma segunda dose de vacina, a da gripe pandêmica. Com essa estratégia, o idoso só precisará ir ao posto de vacinação uma vez.
A última fase ocorrerá de 10 a 21 de maio e é voltada para os adultos saudáveis de 30 a 39 anos.
É importante reforçar que, em cada uma das etapas, os pontos de vacinação serão definidos pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. As vacinas serão distribuídas pelo Ministério da Saúde ao longo do período de campanha, de acordo com cada etapa. Por isso, é importante que a população compareça aos postos de vacinação na data estabelecida para o grupo ao qual pertence.
Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra a gripe pandêmica. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo.
CAMPANHA PUBLICITÁRIA – Aqueles que quiserem receber um e-mail com lembrete da data em que deve se vacinar podem se cadastrar no Portal do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br), a partir desta segunda-feira (8). O serviço também estará acessível no hotsite www.vacinacaoinfluenza.com.br, criado pelo Ministério da Saúde; e em sites comerciais onde a campanha será veiculada. Todas a peças da campanha, incluindo vídeos, materiais gráficos e áudios para rádio, estão acessíveis no hotsite e no portal do Ministério.
Também serão distribuídos 100 mil cartazes e 1 milhão de folders com as datas em que cada grupo deverá receber as doses, além do reforço das medidas de prevenção que todos os brasileiros devem adotar no dia-a-dia.
CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO DOS GRUPOS PRIORITÁRIOS
ALGUMAS DOENÇAS CRÔNICAS PARA VACINAÇÃO
Os pacientes devem consultar o médico antes de tomar a vacina para esclarecer dúvidas e receber orientações
Segunda etapa – De 22 de março a 2 de abril
•Obesidade grau 3 – antiga obesidade mórbida (crianças, adolescentes e adultos);
•Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
•Asmáticos (formas graves);
•Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória; Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
•Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
•Diabetes mellitus;
•Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
•Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
•Doença hematológica (hemoglobinopatias);
•Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
•Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
•Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).
Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11134
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