Colesterol alto pode estar presente em qualquer faixa etária

Crédito de foto: FreeImages
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Nesta terça-feira (8), é o Dia Nacional de Controle do Colesterol – data instituída pelo Ministério da Saúde para conscientizar a população sobre a relação do colesterol alto com as doenças cardiovasculares e outros problemas, como diabetes, obesidade e hipertensão. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas de doenças cardiovasculares.

O colesterol é um tipo de gordura presente nas células – essencial para o funcionamento correto do organismo. A maioria é sintetizada pelo fígado e, o restante, por meio de alimentos ingeridos. O problema é que, ao alcançar taxas elevadas, ele se torna um inimigo da saúde, como fator de risco para doenças do coração, esclarece o cardiologista João Mansur, coordenador do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano – localizado em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

– Vale ressaltar que um dos indicadores de maior gravidade dessa situação é que o colesterol alto não apresenta sintomas e as pessoas, mesmo com o problema, não sabem que precisam de orientação e cuidado especializado.

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O médico ressalta que, quando o organismo não consegue eliminar todo o LDL (“mau colesterol”) por meio do fígado e do intestino, este se acumula na corrente sanguínea e se deposita nas artérias, formando placas de gordura.

– Com o tempo, essas placas dificultam a passagem do sangue, o que leva ao entupimento dos vasos, a chamada aterosclerose. Em estágios mais avançados de entupimento, há o risco de infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC).

Um brasileiro morre por doença cardiovascular a cada 40 segundos

Já o popular “bom colesterol”, o HDL (de high density ou alta densidade), capta o excesso de gordura dos tecidos e o devolve ao fígado para que seja expelido.

– O que também contribui para a proteção das artérias contra a formação de placas de gordura.

O especialista indica ainda que, para reduzir os níveis do colesterol, é necessária uma mudança no estilo de vida, com a adoção de dieta rica em frutas, legumes, carboidratos integrais e sem gordura saturada, como bacon, manteiga, maionese, carne bovina e queijos de cor amarela.

– Seguindo essas orientações básicas, será possível reduzir o colesterol de modo significativo – o que trará benefícios imediatos para a saúde.

Sobre a faixa etária mais acometida com os problemas nos níveis de colesterol, o especialista é enfático ao dizer que, de acordo com a idade, o gênero e o peso, o colesterol tende a aumentar naturalmente, embora a dislipidemia não seja uma condição restrita à população mais idosa, acima dos 60 anos.

– Desse modo, medidas preventivas precisam ser tomadas desde as fases iniciais da vida, como a adoção de uma alimentação adequada, o controle do peso e atividade física regular. Para cada década de colesterol elevado, nos indivíduos acima de 35 anos, os riscos de problemas cardiovasculares podem aumentar em até 40%, como indica a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

O médico finaliza dizendo que a única forma de verificar as taxas de colesterol no organismo é por meio de exames de laboratório (análises sanguíneas). Sendo assim, são importantes o acompanhamento com um clínico geral e, se for identificada alguma anormalidade, a orientação de um cardiologista.

Um problema do coração, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, é o primeiro indicativo de que há uma doença aterosclerótica.

– Dessa forma, é importante manter um acompanhamento regular com seu clínico e cardiologista assistente. O objetivo é evitar problemas mais graves no futuro e manter a qualidade de vida em dia.

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