Se você tem diabetes, provavelmente já ouviu do médico que a neuropatia periférica é uma das complicações decorrentes do mau controle da glicemia. Embora 30% da população em geral tenha algum risco de desenvolver neuropatia com o passar dos anos, esse índice pode ultrapassar os 60% quando se trata de diabéticos.
Segundo o neurologista Ronaldo Herrera, a neuropatia periférica ocorre quando há lesão no sistema nervoso periférico, como nos nervos dos braços e pernas.
– Os nervos são como cabos telefônicos que conduzem, recebem e transmitem impulsos nervosos. Qualquer alteração neste sistema, pode causar danos permanentes.
Além de o diabetes descontrolado alterar a função dos nervos, o médico alerta que outras doenças também podem desencadear a neuropatia periférica, entre elas, alcoolismo, tabagismo, pacientes em diálise, vegetarianos e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica.
– Os idosos também fazem parte do grupo de risco em decorrência da alimentação e do uso de muitos medicamentos que podem prejudicar a absorção de nutrientes.
Os principais sintomas da neuropatia periférica são dormência, queimação, formigamento, fraqueza muscular, dor ou desconforto nas mãos e pés, perda de equilíbrio, falta de coordenação e excesso ou falta de sensibilidade ao toque.
– Durante a noite os sintomas tendem a piorar, por isso é fundamental o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento para minimizar o desconforto.
Segundo Herrera, após a confirmação do quadro o tratamento com medicamento deve ser contínuo uma vez que a neuropatia periférica não tem cura.
– Além do medicamento e da adoção de hábitos saudáveis, a fisioterapia bem orientada pode ajudar no tratamento da dor.
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