A predisposição à fratura é uma complicação do diabetes tipos 1 ou 2, independentemente da massa óssea. Dados do Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS) mostram que o diabetes está entre os principais fatores de risco para fratura em uma amostra da população brasileira. Foram avaliados 2.420 pessoas (70% mulheres) de 150 diferentes cidades, de cinco regiões.
Os principais fatores de risco constatados em mulheres foram idade avançada, história familiar de fratura de quadril, menopausa precoce, sedentarismo, diabetes, uso de benzodiazepínicos e queda repetitiva. Em homens, os principais fatores de risco são tabagismo, diabetes e sedentarismo. Portanto, o estudo indicou que o diabetes é fator de risco para fratura osteoporótica em ambos os sexos, destaca Francisco José Albuquerque de Paula, membro da Comissão Científica do 12º Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia.
– Médicos e leigos devem ter consciência da importância da associação entre diabetes mellitus e osteoporose. Prevenir fratura osteoporótica representa evitar morte e preservar qualidade de vida.
As duas primeiras décadas de vida são determinantes para o futuro da saúde óssea, correspondendo ao principal período de ganho de massa óssea até que o pico seja alcançado por volta dos 25 anos.
– Doenças intercorrentes como diabetes e medicamentos como, por exemplo, os glicocorticoides, além de dieta inadequada e sedentarismo têm impacto negativo neste processo. A criança diabética deve receber especial orientação quanto à prevenção de osteoporose. Sua dieta deve contemplar adequadamente proteínas e cálcio. A atividade de lazer ao ar livre propiciará síntese endógena de vitamina D, que é a principal fonte deste secosteroide.
Em 1980, o número de diabéticos no mundo era 108 milhões, passando para 422 milhões em 2014 (quadruplicou em quatro décadas). Em 1999, ocorreram 9 milhões de fraturas por fragilidade óssea no mundo, e estima-se que uma em cada 2 mulheres na pós-menopausa terá, pelo menos, uma fratura osteoporótica.
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