Diálise realizada em casa é alternativa para superlotação de clínicas

Crédito de foto: FreeImages
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O mundo enfrenta uma epidemia de doença renal crônica. O número de pacientes em estágio terminal da doença renal no mundo está crescendo e o maior potencial de crescimento encontra-se nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Entretanto, o número de clínicas não tem aumentado conforme a demanda e, hoje, há superlotação na maioria dos grandes centros. Nesse contexto, a diálise peritoneal — realizada em casa – se destaca como uma alternativa para os pacientes.

No intuito de auxiliar profissionais de saúde, a Baxter – companhia com 60 anos de tradição em saúde renal – lança no Brasil o HomeChoice Claria, um aparelho equipado com o sistema chamado Sharesource, que permite o acompanhamento médico da diálise peritoneal domiciliar (DP), à distância, explica Ricardo Cunegundes, líder da área Médica da Baxter no Brasil.

– Nossa intenção é aumentar ainda mais a confiança de médicos e pacientes na diálise peritoneal, proporcionando mais conforto ao garantir que as pessoas sejam tratadas sem sair de casa.

O sistema de gestão remota de pacientes com a plataforma Sharesource consiste em uma tecnologia bidirecional em nuvem que permite aos profissionais de saúde visualizar com segurança dados de tratamento relativos à diálise recém-concluídos, que são coletados automaticamente após cada sessão. Esses profissionais podem agir sobre essas informações ajustando, de maneira segura e remota, as configurações dos dispositivos domésticos dos pacientes sem que estes precisem se deslocar até a clínica.

O sistema Sharesource também fornece à equipe de saúde uma melhor visibilidade dos seus tratamentos perdidos. Os profissionais de saúde podem, ainda, monitorar de maneira proativa o paciente, de modo a abordar quaisquer problemas potenciais.

A doença renal crônica atinge 10% da população mundial e afeta pessoas de todas as idades e raças. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) indicam que 122 mil pessoas fazem diálise no Brasil. Atualmente, existem 750 unidades cadastradas no País, sendo 35 apenas na cidade de São Paulo. Os números mostram ainda que 70% dos pacientes que fazem diálise descobrem a doença tardiamente. A taxa de mortalidade para quem enfrenta o tratamento é de 15%.

Embora as modalidades de diálise crônica, hemodiálise (HD) e diálise peritoneal (DP) sejam disponibilizadas pelo sistema de saúde, a maioria dos pacientes que recebe tratamento crônico de diálise origina-se de atendimentos de emergência em hospitais públicos ou clínicas pré-diálise do sistema público. A partir daí, estes pacientes são redirecionados para o centro de diálise mais próximo às suas residências. Em muitos casos, após terem iniciado um tratamento dialítico como pacientes internados. Uma pequena fração é encaminhada individualmente dos consultórios médicos.

 

 

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