Em 1985, havia 30 milhões de pessoas com diabetes. Em 1995, esse número era de 150 milhões. De acordo com as estatísticas da IDF, atualmente o número já supera os 250 milhões. Caso não se tome nenhuma atitude para a prevenção da doença, a IDF estima que o número total de pessoas com diabetes em 2025 alcançará os 380 milhões.
A prevenção é fundamental para quem não tem a doença, mas o que os mais de 250 milhões de diabetes podem fazer para conviver melhor com o diabetes? O controle glicêmico é fundamental, pois ele retarda e até evita o aparecimento das complicações agudas e crônicas da doença. E a única ferramenta para o alcance do controle glicêmico é o tratamento correto (medicamento/insulina, alimentação e atividade física)!
É fundamental mostrar aos portadores de diabetes que eles também tem responsabilidade sobre os resultados do tratamento. Por outro lado, como uma pessoa poderá dedicar seu tempo e energia aos cuidados se não compreende o que se passa com ela? A educação, hoje, se constitui a mais importante aliada dos médicos para que o paciente faça adesão ao tratamento, melhorando sua qualidade de vida.
Sem a educação, os pacientes estão menos preparados para tomar decisões baseadas em informação, fazer mudanças de comportamento, lidar com os aspectos psicossociais e, por fim, não estar equipado o suficiente para fazer um bom tratamento. O mau controle resulta em prejuízo para a saúde e em uma grande probabilidade de desenvolver complicações.
A educação em diabetes é um programa com muitos processos envolvido, não apenas ajudar o paciente a monitorar a glicose ou tomar a medicação prescrita. Pois, a condição de saúde dos portadores de diabetes e a necessidade de aceitar mudanças, têm que ser continua não um evento isolado.
O cuidado com o diabetes é um dos mais difíceis dentre todas as patologias crônicas. Na política onde o paciente é responsável pelo seu tratamento, este tem que identificar os sintomas de crises, respeitar a complexa agenda de medicação e modificar o estilo de vida (alimentação saudável e atividade física). Por isso não é surpreendente encontrarmos pessoas, com dificuldade de adaptação ao tratamento, sofrendo as conseqüências do diabetes, desde um hipoglicemia até amputamento de membros inferiores ou cegueira.
A educação em diabetes oferece ferramentas para os exemplos de dúvidas abaixo serem esclarecidos de forma correta e com maior antecedência ao diagnóstico:
*Não posso mais comer açúcar!
O diabetes querer MUDANÇA DE HÁBITOS ALIMENTARES, não exclusão de um componente. O carboidrato simples (açúcar presente em doces em geral) deve ser evitado, mas os pães, macarrão, arroz, devem fazer parte da dieta, de forma moderada!! A palavra de ordem no diabetes é MODERAÇÃO e sempre é interessante buscar o auxilio de uma nutricionista, assim entenderá melhor o que deve ser alterado na alimentação.
*Minha diabetes é emocional!
Sim, de fato temos fatores psicológicos envolvidos na alteração da glicemia, mas isso não garante a interrupção da utilização da medicação, parar de fazer os testes ou realizar uma alimentação irregular… Diabetes é diabetes, deve ser tratada com atenção porque pode levar a amputação de membros, cegueiras, entre outras complicações. E não utilizar o termo diabetes emocional como desculpa para não realizar o tratamento.
*Só eu utilizo a lanceta, então posso usar mais de uma vez… (essa afirmação também vale para agulhas de aplicação de insulina ou seringas)!
Parece papo de vendedor, mas esses materiais (lancetas ou agulhas/seringas) são descartáveis! Eles são fabricados para terem um corte perfeito uma única vez, são cortados a laser e coberto com silicone para que a inserção na pele seja mais confortável possível, sendo assim alterando o corte e removendo o silicone a aplicação será mais dolorida, a cada vez que você reutiliza, mais e mais dolorida! Além disso, podemos citar que por mais limpo que pareça aquele material entrou em contato com o sangue e este pode ser contaminado pelas bactérias do ar ou oxidar a lanceta, agulha/seringa, podendo provocar uma infecção, que é muito perigoso em diabéticos.
*Se é diet está liberado!
Na verdade nada é liberado na dieta de um portador de diabetes, como também nada é proibido. É importante explicar o que é um produto diet, sim ele não tem açúcar, mas ele tem calorias, e às vezes mais que produtos normais. Qual o prejuízo de tantas calorias? GANHO DE PESO, o peso é algo que deve ser muito monitorado no portador de diabetes, pois pode interferir diretamente no controle glicêmico. Então voltamos na tecla: a palavra de ordem no diabetes é moderação!
Caso você tenha a sua dúvida me envie, pelo comentário aqui no blog, assim poderei auxiliá-lo a conhecer mais sobre diabetes!
Este texto foi, parcialmente, extraído do site: http://www.diamundialdodiabetes.org.br/educacao-e-prevencao/, acessem este site para conhecer mais sobre o dia mundial e o diabetes!
Muito obrigada a todos vocês por buscarem em nosso blog e em nosso site (www.diabetic-center.com.br) informações segura sobre o diabetes!
Cuidado, é muito importante avaliar as fontes de informações sobre a doença, priorize os sites da Sociedade Brasileira de Diabetes (www.diabetes.org.br), das Associações de Diabetes em todo o Brasil, das indústrias de monitores (Accu-Chek, Bayer, Johnson&Johnson e Abbott) ou de insulinas (Novo Nordisk, Lilly e Sanofi-Aventis)!
Carol
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