“Estou treinando para minha 1ª maratona”, conta aposentada de 66 anos com diabetes

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As pessoas que convivem com o diabetes sabem que o descontrole da glicemia é responsável por internações e várias complicações que podem acometer desde a cabeça até os pés. Mesmo assim, apenas 9,1% dos adultos e 23,2% das crianças e adolescentes conseguem controlar a doença adequadamente, segundo dados do estudo multicêntrico brasileiro realizado em 20 cidades.

Por conta deste cenário preocupante, a ADJ Brasil (Associação Diabetes Brasil) promoveu o primeiro Workshop para Jornalistas e Influenciadores Digitais em Diabetes com o objetivo de chamar a atenção para esses e outros dados relacionados ao diagnóstico e tratamento da doença.

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Atualmente, a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) estima que 13,4 milhões de pessoas convivem com o diabetes no País. Deste grupo, conhecemos as histórias de três mulheres de diferentes perfis, mas com o mesmo objetivo: cuidar da saúde para ter qualidade de vida!

Um dos exemplos de pacientes que chamou a atenção dos participantes foi o da aposentada Zilda Maria Silva, 66 anos. Amante do esporte desde criança, Zilda diagnosticou o diabetes tipo 1 com 20 anos.

– Sempre ouvi que o diabetes matava antes dos 50 anos, por isso tinha medo da doença. Depois que conheci a ADJ Brasil, posso dizer que sou uma pessoa mais bem informada e segura.

De bem com a vida, Zilda não apresenta complicações do diabetes e sonha um dia correr uma maratona.

– Gosto de ser atleta e estou treinando para participar da minha primeira maratona. Eu também adoro dançar, jogar vôlei e me manter sempre ativa. Sou feliz assim!

A publicitária Aline Peach, autora do blog Clube do Diabetes, convive com o diabetes tipo 1 desde os 2 anos de idade. Por conta da negligencia com o tratamento quando era adolescente, ela apresenta algumas complicações.

– Se eu pudesse voltar atrás, não seria revoltada. Me arrependo. Passei dois anos sem trabalhar para tratar a retinopatia. Perdi parte da visão e não pude ter filhos porque a doença pode progredir durante a gestação. Agora, estou na fila de adoção.

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Na mesma época do diagnóstico da retinopatia diabética, Aline  tambémdescobriu a nefropatia. Durante este período, passou por acompanhamento psicológico para conseguir dar a volta por cima. Hoje, aos 42 anos, Aline é usuária de bomba de insulina e sempre prioriza os cuidados com a saúde.

– Depois de tudo que eu passei, enfatizo a importância de irmos ao oftalmologista independentemente do tempo de diabetes. O cuidado com os olhos tem que ser constante.

A psicóloga Fabiana Couto, que também participou do workshop, tem 37 anos e descobriu o diabetes tipo 1 com 13. Assim como Aline, Fabiana também não aceitou seu diagnóstico “logo de cara”.

– Embora eu tivesse condições financeiras para ter acesso ao melhor tratamento, demorei muitos anos para aceitar a doença. Entretanto, conhecer outras pessoas com diabetes foi muito bom para mim, diria até que foi curador.

 

Texto: Fabiana Grillo

Diabetic Center

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