Frio aumenta em até 30% risco de infarto

Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Não está nada fácil aguentar este frio, certo? E olha que ainda nem chegamos no inverno. O fato é que as baixas temperaturas aumentam em até 30% as complicações das doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio, de acordo com dados da Associação Americana de Cardiologia. Nesta época do ano, o coração trabalha em um ritmo mais acelerado, aumentando as chances de desencadear problemas cardíacos. Por isso, é fundamental que os praticantes de atividades físicas que possuem fatores de riscos para doenças cardiovasculares como tabagismo, pressão alta, diabetes e colesterol alto redobrem os cuidados com a saúde nesta estação.

Quem sofre de problemas no coração ou pressão alta precisa de cuidados especiais para a prática de atividades físicas. Nos dias frios, os vasos sanguíneos tendem a ficar naturalmente mais contraídos, o que compromete a circulação. Assim, o sangue oxigenado tem dificuldade de chegar ao coração, fazendo com que o músculo cardíaco precise trabalhar mais para cumprir sua função de maneira adequada. Com vasos mais estreitos, aumenta também a pressão arterial, sobrecarregando ainda mais o coração.

De acordo com o cardiologista Nabil Ghorayeb, médico do esporte da Clinica de Medicina do Esporte e Exercício do HCor (Hospital do Coração), antes de iniciar a prática esportiva, os exames cardiológicos devem ser feitos em qualquer época do ano.

– Quando já existem fatores de riscos como obesidade, diabetes ou a pessoa é fumante, é aconselhado que sejam realizados exames para observar se existe algum problema no coração.

Sabe-se que no inverno ocorre um aumento significativo da incidência de algumas doenças. Em geral, são as chamadas infecciosas (por vírus e bactérias), porque há uma diminuição da imunidade do organismo em consequência do frio. Elas são consideradas perigosas para crianças, idosos e também para os portadores de doenças do aparelho circulatório como pressão alta, doenças das coronárias (angina, infarto, cirurgias cardíacas ou angioplastias), além de doenças crônicas, como diabetes, por exemplo.

– O corpo humano tem sua temperatura normal de 36,5ºC. Se baixar disso, o metabolismo fisiológico deixa de produzir energia suficiente para manter a temperatura interna do corpo, levando a sérias consequências como deficiência na coordenação motora, além do risco de arritmias e até parada cardíaca que, se não for atendida em minutos, pode ser fatal.

O esportista que se exercita no inverno deve saber que no rosto, mãos e pés estão os mais sensíveis sensores de temperaturas, justamente onde devemos nos proteger mais das baixas temperaturas.

– No inverno, exercícios físicos são recomendados entre 20ºC e 25ºC e devem ser feitos com cuidado. Pelas possíveis dificuldades respiratórias das baixas temperaturas e vento frio, recomendamos o aquecimento muscular, intensificando os exercícios progressivamente. O ideal é utilizar as vestimentas adequadas (mãos, pés e rosto) para se proteger da perda rápida de calor que ocorre durante a atividade física, além da elevada ingestão de líquidos.

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