Segundo divulgado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, referente aos dados do Ministério da Saúde (2008) mostram que 23,1% dos brasileiros sofrem de hipertensão arterial. Entre os idosos, esse percentual é ainda maior, equivalendo a uma para cada duas pessoas.
As estimativas reais sobre o número de portadores de diabetes com hipertensão ainda são escassas em nível mundial e em geral são restritas a um determinado tempo de avaliação, em certos grupos populacionais. A associação do diabetes com a hipertensão arterial ainda não é valorizada como deveria ser pelos profissionais de saúde, mesmo nos países desenvolvidos. Como conseqüência do exposto, temos um grande contingente de indivíduos não diagnosticados para ambas as doenças, que irão apresentar maior risco de evoluir para as complicações crônicas microvasculares e macrovasculares.
O diagnóstico de hipertensão é feito por um médico, no qual se avaliar diversas aferições da pressão com resultado igual o superior a 140 (sistólica)/90 (diastólica)mmHg.
A sístole e diástole são movimentos feito pelo coração. Quando o músculo cardíaco (coração) e contraído, buscando assim jogar o sangue para as artérias, chamamos este movimento de sístole. O movimento seguinte a este é a diástole, que é exatamente o relaxamento do músculo cardíaco, cada um desse movimento é realizado com uma pressão e por isso a medida da pressão é expressa com dois números.
A classificação para análise de pressão arterial está descrita na tabela abaixo:
A hipertensão tem como fator de risco herança genética. Entretanto, pode ser desencadeada por hábitos de vida como: obesidade, ingestão excessiva de sal ou de bebida alcoólica e inatividade física.
Ela não tem cura, mas pode e deve ser controlada. O tratamento contínuo pode evitar futuros infartos do coração, derrames e paralisação dos rins. Ele deve ser feito através de remédios controladores da pressão e hábitos saudáveis (diminuir a quantidade de sal na alimentação, bebidas alcoólicas, controlar o peso, fazer exercícios físicos, evitar o fumo e controlar o estresse).
O sal pode interferir no aumento da pressão arterial, já que ele faz o corpo reter mais líquidos. Porém, não existe a necessidade de os hipertensos se alimentarem apenas de comida sem sal, basta evitar o exagero. Quem tem pressão alta deve ficar atento, também, a alimentos ricos em sódio, como os refrigerantes “zero açúcar”, além de conservas (picles, azeitona, maionese e ervilha), alimentos embutidos (salsicha, mortadela, lingüiça, presunto, salame e paio), carnes salgadas (bacalhau, charque, carne-seca e defumados) queijos em geral, dando preferência a queijo branco ou ricota sem sal.
A prática de exercícios físicos ajuda a baixar a pressão. O exercício físico adequado não apresenta efeitos colaterais e traz vários benefícios para a saúde, tais como ajudar a controlar o peso e a pressão arterial, diminuir as taxas de gordura e açúcar no sangue, elevar o “bom colesterol”, diminuir a tensão emocional e aumentar a auto-estima. De qualquer maneira, deve-se sempre seguir orientação médica na hora de praticar exercícios físicos.
A causa e curso que a hipertensão arterial pode tomar são diferentes nos portadores de diabetes tipo 1 e tipo 2. No diabetes do tipo 2, a hipertensão arterial está associada à síndrome de resistência à insulina e ao alto risco cardiovascular e no diabetes do tipo 1 a hipertensão arterial está associada, na maioria dos pacientes, ao surgimento da nefropatia.
“Informação e interação dando oportunidade de escolha para uma vida saudável!”
Caroline Montingelli Coelho
Farmacêutica Serviço Diabetic Center
Comentários