As crianças já voltaram às aulas. Mas o dever de casa para elaborar o lanche escolar, de forma saudável, é para os pais. A alimentação correta, durante o período escolar, é sempre um motivo de dúvidas e preocupações, já que as crianças nem sempre sabem o que comer. E, na maioria das vezes, optam pelas deliciosas guloseimas. Além de ser um desafio para a mãe unir praticidade com qualidade tem, ainda, a dificuldade da criança aceitar o que foi colocado na lancheira. Muitas vezes o que as crianças preferem não é o mais saudável.
E o que fazer diante deste cenário?
O importante é adotar uma alimentação variada, balanceada e colorida, que garanta o fornecimento de energia com todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças, tornando o lanche escolar mais atraente e saboroso, alerta a nutricionista Rosana Perim, gerente de Nutrição Assistencial do HCor (Hospital do Coração).
– O lanche escolar é uma refeição intermediária, que serve para dar energia à criança entre as principais refeições. O ideal é que ele contenha uma porção de carboidratos, para fornecer energia, uma porção de lácteos, que tem proteínas, uma porção de frutas ou legumes, responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais e uma bebida para hidratação.
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Além de manter os refrigerantes e salgadinhos fritos e de pacote bem longe da lancheira, a nutricionista também orienta evitar o consumo de sanduíche com frios e embutidos, pois não são aliados da saúde.
– Esses alimentos são processados e apresentam conservantes, corantes e uma quantidade maior de sódio.
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A dica número 1 para agradar a garotada é negociar, sem proibições e com moderação, os alimentos que vão compor a lancheira. Outra dica é incluir as crianças no processo de compra e preparo do lanche.
– Vale levá-los ao supermercado ou à feira, explicar o motivo da escolha daqueles alimentos, bem como a importância ao bem-estar delas. É claro que, eventualmente, você pode incluir algumas guloseimas.
Como nem todas as mamães têm o tempo necessário para assar um bolinho integral ou preparar um suco natural, lembre-se de que há boas opções nos supermercados, mas é fundamental ler os rótulo.
– No caso dos biscoitos, procure aqueles com menor quantidade de gordura e de açúcar. Bolinhos com recheio e cobertura devem ser evitados, pois geralmente contêm gordura trans. Vale observar, também, na tabela nutricional do alimento, o índice de gordura vegetal hidrogenada. Escolha os sucos de caixinha sem adição de açúcar e lembre-se que algumas bebidas achocolatadas não são leite, são uma composição feita com soro de leite. Vale levar aqueles com menos sódio e menos açúcar e garantir que a criança beba leite de vaca em algum outro momento do dia.
Para compor uma alimentação equilibrada é preciso seguir três princípios básicos:
1. Alimentos de todos os grupos
Procurar oferecer na alimentação aqueles que forneçam proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e sais minerais.
2. Proporção adequada de alimentos
Os alimentos que compõem a refeição da criança devem atender às necessidades nutricionais diárias.
3. Variar sempre que possível os alimentos
Variar o consumo de alimentos é uma estratégia importante para obter todos os nutrientes necessários e para tornar as refeições mais divertidas e gostosas.