Há alguns anos diziam que a musculação era coisa pra homem…, mas as coisas mudaram e as mulheres passaram a frequentar os mesmos espaços, antes destinados aos machões. Entretanto ainda continua uma daquelas crendices: a musculação deixa a mulher parecendo um homem, toda musculosa, será?
Essa atividade física trás tantos benefícios às mulheres quanto aos homens e os objetivos vão desde a estética até a preparação física esportiva.
Claro, existe diferença de potencial de força física entre homens e mulheres. Elas são na média 30% menos fortes. Se comparada apenas a parte superior do corpo, essa diferença é maior chegando a 55,8% da força dos homens. Mas a parte inferior, essa diferença é menor e na média das pesquisas e de autores consagrados ela chega a 78%.
Esses dados confirmam, que em condições normais (sem drogas), mesmo a mulher treinando pesado não fica masculinizada como acreditam ou pregam os “do contra”.
A diferença hormonal é a justificativa mais evidente. Sabe-se que o desenvolvimento da força física está associado ao hormônio masculino testosterona. A mulher também produz testosterona, se não ela nem ficaria de pé. A produção desse hormônio no homem chega a 10 mg diária e na mulher não passa de 0,1 mg. O teste de feminilidade no controle antidoping adotado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), a partir de 1968 se baseia nisso.
Embora a maior preocupação da maioria seja com a estética, o treinamento de força nas mulheres aumenta a capacidade cardiovascular, a força física e emagrece; os mesmos benefícios desfrutados pelos homens. Partindo do sedentarismo, o desenvolvimento num programa de 8 a 20 semanas é similar nos dois sexos até um certo patamar depois, claro, o homem continua a ganhar massa muscular magra enquanto a mulher tende a ficar estabilizada.
Crendices à parte, vamos treinar mulheres! Em busca de qualidade de vida, saúde e claro uma melhor forma física.
CECÍLIA CARDIM (Educadora Física)
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