O penúltimo mês do ano se tornou o período de campanhas de conscientização sobre o diabetes e o câncer de próstata, intitulado Novembro Azul. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 2016, foram estimados mais de 61 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil, levando a óbito cerca de 25%. É o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no país, atrás apenas do de pele não melanoma, comenta o urologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Cristóvão Machado Barbosa Filho.
– A doença pode demorar a se manifestar e, quando alguns sinais começam a aparecer, aproximadamente 95% dos tumores já estão em fase avançada, em que a chance de cura é potencialmente menor. Por isso, os exames preventivos são muito importantes.
Conheça o Blog Saúde sem Neura
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que fica abaixo da bexiga e tem a função principal de produzir esperma (líquido que protege os espermatozoides). Os fatores de risco para desenvolvimento do câncer no órgão são histórico familiar, alimentação inadequada à base de gordura animal e deficiente em frutas, legumes e grãos, além de sedentarismo e obesidade. Negros também apresentam maior índice de casos da doença.
Normalmente, é após os 50 anos que aumentam os riscos de alguma mutação na próstata, sendo esta a idade mínima recomendada para realizar exames preventivos anuais, ou a partir dos 45 anos para aqueles com histórico familiar da doença ou os que são negros.
– Os exames que devem ser feitos anualmente são os de toque retal e o de PSA no sangue, que mede o Antígeno Prostático Específico. A ausência de sintomas não garante que não haja problemas.
Conforme o urologista, se não houver prevenção, a doença pode ser descoberta apenas em estágios mais avançados, podendo ser fatal, com metástases nos ossos.
– Os primeiros sinais em fases tardias são dores ósseas, dores ao urinar, vontade de urinar com maior frequência, e presença de sangue na urina ou no sêmen.
Ainda segundo o médico, se descoberto o câncer de próstata em fase inicial, as chances de cura são entre 80 e 90%.
– Se não houver existência de metástase, é uma doença curável, principalmente por cirurgia ou, em casos específicos, pela radioterapia.
Comentários