Saiba tudo sobre a cirurgia bariátrica

Crédito da foto: UConn Rudd Center for Food Policy & Obesity
Crédito da foto: UConn Rudd Center for Food Policy & Obesity

 

A obesidade mórbida tem chamado a atenção de especialistas que, diante de um cenário de epidemia, se preocupam cada vez mais com a qualidade de vida dos indivíduos que estão muito acima de seu peso ideal. Além do emagrecimento, é preciso ter atenção com outros problemas de saúde que podem estar associados à questão.

Para tratar deste problema que, segundo o Ministério da Saúde, atinge 20% dos brasileiros, a cirurgia bariátrica, conhecida popularmente como cirurgia de redução de estômago, ainda é a a opção mais eficaz e que traz mais qualidade de vida aos pacientes.

O procedimento tem ganhado destaque por seus benefícios metabólicos, que vão muito além do emagrecimento, explica Bruno Zilberstein, Coordenador do Centro de Tratamento da Obesidade do Hospital Samaritano de São Paulo.

– Estudos tem mostrado que pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica sofreram alteração em sua flora intestinal, aumentando a proporção das bactérias do bem, que ajudam no emagrecimento e no controle das doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2.

No último ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 93,5 mil pessoas foram submetidas ao procedimento no Brasil, um crescimento de 6,5% comparado ao ano de 2014.  Os avanços nas técnicas foram os principais responsáveis pela ampliação do número de procedimentos realizados nos País.

Realizada por videolaparoscopia, a cirurgia garante menor taxa de complicações e uma recuperação mais rápida ao paciente, para que retorne às suas atividades em curto espaço de tempo.

Atualmente, a recomendação do Conselho Federal de Medicina é que o procedimento seja indicado para pacientes obesos, preferencialmente entre os que tenham o índice de massa  corpórea (IMC) acima de 40.

– Para pacientes com IMC entre 35 e 40 que tenham diabetes, pressão alta ou outras implicações recorrentes da obesidade a cirurgia bariátrica também é recomendada.

Além disso, questões psicológicas e transtornos alimentares também devem ser levados em consideração. Longevidade e qualidade de vida também estão entre os ganhos pós-cirúrgicos, pois, com a perda de peso, o paciente consegue retomar algumas atividades importantes para sua saúde e bem-estar, tais como caminhar, praticar esportes e até realizar atividades simples, como calçar os sapatos.

Quais são as principais técnicas de cirurgia bariátrica?

Cirurgia de Fobi-Capella ou Bypass gástrico: um pequeno segmento do estômago é separado por meio de grampeamento mecânico do restante do estômago e, depois, ligado diretamente às porções iniciais do intestino delgado. Indicações: pessoas com IMC acima de 35, com ou sem diabetes, colesterol e triglicérides altos.

Gastrectomia vertical: reduz o estômago em 70% de seu volume tubulizando-o e reduzindo sua capacidade para cerca de 300 ml. Dessa forma, o paciente passa a ter menos fome. Aliás, este é um atributo de todas as técnicas de redução gástrica. Indicações: as mesmas do Bypass com ênfase às pessoas mais doentes.

Banda gástrica ajustável: aplicação de anel de silicone ajustável no início do estômago, criando um mecanismo restritivo e dificultando a ingestão alimentar através da limitação da passagem dos alimentos. Por requerer muita colaboração do paciente e acompanhamento regular, é o tipo de técnica menos realizada, embora seja a de menor risco operatório.

Duodenal Switch: a redução do estômago também é em torno de 70% e neste caso é feito um desvio intestinal para causar disabsorção. Indicações: pessoas superobesas ou com dificuldade importante de compreensão. Essa técnica também é pouco utilizada devido aos riscos de perdas nutricionais.

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