Dislipidemia
É caracterizada pela presença de níveis elevados de gorduras no sangue. O colesterol e triglicérides estão incluídos nessas gorduras, que são importantes para que o corpo funcione.
No entanto, quando em excesso, colocam as pessoas em alto risco de desenvolver problemas cardiovasculares, como infarto e derrame.
Os hábitos de vida atuais: sedentarismo, alimentação rica em gorduras e açúcares, obesidade, tabagismo, associados ao estresse auxiliam muito para o início precoce de placas de gorduras na circulação.
O colesterol que muito se comenta é dividido em frações principais:
– LDL, conhecido como colesterol ruim e;
– HDL, conhecido como colesterol bom.
O risco de problemas coronarianos aumenta, significativamente, em pessoas com níveis de colesterol total e LDL acima dos patamares da normalidade, já colesterol HDL, para se ter menos risco deve ser manter seu valor o mais elevado. Níveis de colesterol HDL maiores do que 60 mg/dL caracterizam um fator protetor. Já os níveis de triglicérides maiores do que 150 mg/dL elevam o risco de doença aterosclerótica coronariana.
Referências Laboratoriais para Adultos:
Colesterol Total:
Adultos:
Desejável: Inferior a 200mg/dL
Limítrofe: 200 – 239mg/dL
Indesejável: Superior 240mg/dL
Triglicérides:
Adultos:
Desejável: Inferior a 150mg/dL
Limítrofe: 150 – 199mg/dL
Indesejável: Superior 200mg/dL
HDL:
Maiores de 20 anos:
Indesejável: Inferior a 40mg/dL
Desejável: Superior 60mg/dL
LDL:
Adultos:
Desejável: Inferior a 130mg/dL
Limítrofe: 130 – 160mg/dL
Elevado: Superior 160mg/dL
Fonte: Fleming Medicina Diagnóstica
Existem dois tipos de dislipidemias: primárias, sendo sua causa genética, e as secundárias, provenientes de outro quadro patológico, como diabetes ou originadas por medicamentos.
Vários estudos prospectivos vêm mostrando que no diabetes o risco de doença coronária está aumentado de 3 a 4 vezes. O aumento do risco é mais na mulher e em grupos mais jovens. Pacientes diabéticos, particularmente os do tipo 2, têm anormalidades nas concentrações de gorduras e lipoproteínas plasmáticas, que são menos comuns em não diabéticos, independente da presença dos fatores de risco da doença cardiovascular que são bem conhecidos.
O padrão lipídico mais comum encontrado nos pacientes diabéticos do tipo 2 é a elevação dos triglicérides e uma diminuição nos níveis do HDL colesterol.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 200 milhões de pessoas no
mundo têm diabetes mellitus tipo 2 (DM-2), sendo que a prevalência vem aumentando. Estima-se
que em 2030 o número total chegue a 366 milhões no mundo. Em diabéticos tipo 2, 80% da mortalidade deve-se à aterosclerose, três quartos são devidos a doença arterial coronariana (DAC)
e um quarto divide-se entre acidente vascular cerebral (AVC) e doença arterial periférica.
A obesidade tem influência significativa no metabolismo lipídico, e por ser também um fato de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, esse pacientes tem a maior prevalência de alterações do metabolismo dos lipídios.
Seu tratamento baseia-se em mudança no estilo de vida, dieta pobre em gorduras, atividade física moderada, realizada durante 30 minutos, pelo menos quatro vezes por semana, auxilia na perda de peso e na redução dos níveis de colesterol e triglicérides. Mas mesmo assim, ainda pode ser necessária a administração de medicamentos, que apenas o profissional médico pode prescrever.
“Informação e interação dando oportunidade de escolha para uma vida saudável!”
Caroline Montingelli Coelho
Farmacêutica Serviço Diabetic Center
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