Nesta terça-feira (19), é comemorado o Dia Nacional do Esportista e, se você ainda acredita que a atividade física pode trazer prejuízos para quem convive com o diabetes, sugerimos continuar lendo esse post. A prática regular de qualquer esporte colabora para estimular a produção de uma importante proteína (GLUT-4) no organismo, que carrega a glicose que está sobrando no sangue para dentro da célula.
Além disso, o bom condicionamento físico reduz o risco de morte por doença cardiovascular, melhora a ação da insulina no organismo, ajuda no controle do peso e do colesterol, diminui a pressão arterial e aumenta a qualidade de vida, pontua o endocrinologista Marcio Krakauer, da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo).
– Mas todo diabético precisa de cuidados específicos. Quando o atleta é de alto rendimento, como um jogador de futebol profissional, por exemplo, toda a equipe que o acompanha precisa estar atenta aos sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia e, principalmente, aos métodos adequados para socorrer esse atleta.
Leia também: Atleta com diabetes é promessa da natação brasileira
Outra dica do médico é seguir um cardápio diferenciado, com treinos dirigidos especialmente para cada perfil de paciente. Fora isso, ele ressalta que o monitoramento constante da glicose é fundamental assim como o conhecimento das necessidades do próprio organismo.
– Esses atletas precisam se conhecer muito bem acima de tudo e entender como seu corpo e glicemia reagem ao estresse, ao exercício intenso, à competição e alimentação.
Conheça a história do ultramaratonista com diabetes há 21 anos
Tontura, tremores, visão turva, fome, irritabilidade e suor excessivo são os sintomas mais comuns da hipoglicemia. Neste caso, é recomendado interromper a atividade imediatamente.
Veja: “Estou treinando para minha 1ª maratona”, conta aposentada de 66 anos com diabetes
Para os atletas profissionais, é fundamental que as monitorizações sejam feitas constantemente, antes, durante e depois das atividades.
– Caso o atleta venha a ter alguma complicação, como retinopatia, não se deve fazer esforços intensos. Alterações cardiológicas derivadas do diabetes também merecem atenção.
É fundamental que tanto o atleta amador como o profissional monitore a glicemia e conheça bem os medicamentos que utiliza, tenha controle sobre a alimentação e conheça o próprio corpo e como ele lida com desafios, estresse, tensão. Assim, será possível conviver com a doença e a prática de qualquer esporte!
Crédito de foto: FreeImages