A hipertensão arterial, que muitas vezes acomete as pessoas sem que elas se deem conta disso e dos riscos que estão correndo, é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, como o infarto de miocárdio, e o acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. O controle da pressão arterial reduz em 42% o risco de derrame e em 15% o de infarto.
De acordo com o cardiologista Rogério Krakauer, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), “o monitoramento médico é muito importante, uma vez que a hipertensão não costuma apresentar sintomas pronunciados”.
O médico explica que mais da metade dos casos é diagnosticado somente a partir de 55 anos.
– Essa disfunção acomete principalmente homens a partir dos 40 anos. As mulheres costumam apresentar mais incidência na menopausa, quando perdem a proteção do hormônio estrógeno.
Dentre as principais causas da hipertensão estão o sobrepeso/obesidade, má alimentação, consumo excessivo de sal e de álcool, vida sedentária, tabagismo, doenças orgânicas ou distúrbios hormonais. Há, ainda, o fator hereditário.
– Pessoas cujos pais são hipertensos têm 30% de chances herdar a doença. Assim, quando houver casos na família, os cuidados preventivos devem ser ainda mais enfatizados.
Estresse
De acordo com o médico, embora seja difícil, em especial num momento de crise como o enfrentado pelo Brasil, no qual as tensões são grandes no trabalho e na rotina das pessoas, o controle do estresse é fundamental, uma vez que também contribui para um quadro de hipertensão.
Krakauer ressalta que os hábitos diários saudáveis como uma dieta equilibrada com pouco sal, consumo responsável e moderado de álcool, bom sono e a realização de exercícios físicos, sempre feitos após avaliação médica, são fundamentais para evitar a doença e atenuar os riscos hereditários e de fatores como o estresse.
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