Intercâmbio: uma experiência para toda a vida


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Acho intercambio uma experiência incrível, tive a minha na época de colégio e após retornar virei uma incentivadora desta prática!

Imagino que para os pais é um sofrimento, como diz meu pai – que foi meu empurraozão – minha mãe ficou os 6 meses que eu estava fora sem conversar com ele, mas vale muito a pena!

Não voltei apenas fluente no idioma, mas voltei com uma experiencia de vida que demoraria muito tempo para ter! Enfim, passei a dar valor a pequenas coisas e a enfrentar diversas adversidades!

Mas quando seu filho tem diabetes, isso pode ser tornar um impendimento enorme, né? Bem, é uma barreira a ser enfrentada, mas não deve impedir a viagem! Por isso separei o texto da Revista OneTouchConVida falando dos benefícios do intercambio e as precauções que deve ser realizada pelos diabeticos.

 

Num mundo globalizado o domínio de idiomas é mais que bem vindo, mas não é tudo. A maturidade para enfrentar desafios e o respeito às diferenças são cada vez mais valorizados. É também uma oportunidade de autoconhecimento.Por isso os intercâmbios atraem tanto interesse e adeptos a cada ano. Só no Brasil, estima-se que pelo menos 120 mil brasileiros passem por essa experiência, segundo Maura Leão, presidente da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), entidade que congrega 90% das empresas do setor.

Maura conta que ela própria fez intercâmbio em 1967. Foi para os Estados Unidos. Lembra que, na época, as ligações telefônicas internacionais eram difíceis e caras. Em 12 meses, falou apenas três vezes com a família. Os contatos eram feitos por carta. Hoje, ela se prepara para mandar o filho para um ano de estudos na Alemanha e sua única preocupação é com a distância e a saudade. Não tem dúvida de que a experiência será, para ele, tão importante quanto foi para ela.

De lá pra cá, tudo melhorou não só em termos de comunicação, mas também na organização e na variedade de opções de intercâmbio. Não há limite de idade, embora a maioria dos viajantes esteja na faixa entre 18 e 25 anos. Hoje o mercado oferece desde cursos de férias até versões que mesclam o aprendizado do idioma com especializações, esportes e diversas outras áreas como gastronomia e arte.

Uma viagem desse tipo costuma causar muito mais preocupações para os pais, principalmente aqueles que têm filhos com doenças crônicas. Quase tudo é acertado previamente, antes do embarque do intercambista: duração, tipo de curso, acomodação e atividades a serem desenvolvidas, assim como as exigências das escolas e o perfil da família que deverá hospedar o jovem. Na prática, é a escola que diz se aceita ou não a matrícula do jovem interessado. É ela que avalia se tem ou não condições de receber o aluno. Antes da viagem, as empresas que promovem o inter- câmbio procuram traçar um perfil do estudante. Há até um formulário próprio sobre o estado de saúde do jovem. O seguro saúde é obrigatório em qualquer caso. O próprio interessado informa suas condições. Muitos se esquecem de informar detalhes que podem ser importantes durante a viagem.

É o caso das alergias, diz Maura. Doenças crônicas, como diabetes, não impedem as viagens. O aconselhável é que o estudante leve os medicamentos e os insumos necessários para todo o período da viagem (ou pelo menos para o período de adaptação), além de receitas e um histórico médico em inglês ou no idioma do país de destino.

O risco de uma hipoglicemia, num país estranho e longe de todos, era a maior preocupação da médica Dra. Anna Stella Carvalho, quando a filha Lailla, de 21 anos, decidiu fazer um intercâmbio no Canadá “Fiquei com medo de a minha filha passar mal e não saber pedir ajuda. Uma hipoglicemia pode acontecer a qualquer momento. A alimentação lá é totalmente diferente e, logo, a contagem de carboidratos e os horários da insulina também são diferentes. Como na época o controle dela não era dos melhores, achei que não se adaptaria”, explica a Dra. Anna Stella.

A mãe de Lailla tinha razão. Logo na chegada Lailla sofreu a primeira hipo. Uma tempestade de neve atrasou os vôos em Toronto. Foram seis horas de espera, mais fila para recuperar a bagagem. A glicemia caiu, mas por sorte deu tempo de comprar um refrigerante. Lailla passou 40 dias em Calgary, vivendo numa casa de família canadense.

A família não sabia que Lailla tinha diabetes, mas não demorou muito para descobrir. Já na recepção ofereceram sorvete à hóspede, que além de recusar precisou explicar a situação. Após esse episódio a família comprou refrigerante diet e algumas frutas. Lailla levou o que precisava do Brasil: frascos de insulina (uma de cada tipo), um pacote de seringas e 5 caixas de tiras reagentes. Tudo na bagagem de mão. Não teve problemas. Lá, entretanto, foi difícil manter uma alimentação saudável.

A família só comprava comida pronta. Pela manhã, comia comia torrada com geléia, ovos, bacon e arroz. À noite invariavelmente tinha pizza. Às quartas-feiras, a escola organizava um “encontro para comer asa de frango”. Verduras e legumes eram caríssimos. “Paguei um dólar (na época cotado a R$ 2,56) por uma cenoura. Para evitar comer só sanduíche, comprava sopa enlatada” conta a estudante.

Apesar da dieta, Lailla conseguiu (para surpresa da família) manter a glicemia muito mais controlada. No Canadá, ela triplicou o número de medições. Fazia seis vezes ao dia. “O preço da insulina, fitas e seringas eram muito mais baratos.Um pacote de seringas, da mesma marca que usava aqui, custava US$ 2,50 (cerca de R$ 6,50, na época), quase três vezes a menos que aqui”, lembra.

Antes de autorizar uma viagem dessas, muitos pais se perguntam se o filho está preparado para se cuidar sozinho.

A resposta é simples: se não estiver, vai aprender. Para a psicóloga Dra. Filomena Russo, especialista em família, essa é uma experiência que pode ser enriquecedora para todos. Se dentro de casa os limites são maleáveis, fora nem sempre é assim e o jovem precisará se adaptar a novos costumes, regras, ritmos e estilos de vida. É uma boa oportunidade para respeitar diferenças e aprender a ser mais flexível e tolerante. Antes da viagem, o estudante até poderá ser preparado para o que virá, mas nada poderá substituir a experiência real. Além disso, toda aventura tem um componente de medo que, nesse caso, pode ser protetor. A família que recebe um elemento novo pode aprender mais sobre si mesma e os pais, cujos filhos viajam, ganham mais tempo para olhar para os demais filhos e para si mesmos. Não são poucos os que se olham através dos filhos. Até para esses, a viagem do filho traz vantagens.

Pela história de Lailla, é possível perceber que nem tudo saiu exatamente como planejado, mas talvez esteja aí o melhor da experiência: o imprevisível. Quanto mais precauções forem tomadas, menores serão os contratempos, mas é importante que todos estejam preparados para enfrentá-los caso eles surjam.

Dicas para um intercâmbio seguro

– Procure uma empresa idônea, conhecida no mercado e busque informações com quem já viajou.

– Conheça as opções de intercâmbio que o mercado oferece (curso de férias, high school, MBA, curso de idioma + arte, esporte, gastronomia, voluntariado, etc).

– Há escolas que atendem estudantes com os mais variados graus de conhecimento da língua, mas quanto maior for o seu, mais produtivo será.

– Verifique os documentos necessários, as vacinas e as regras para permanência no país escolhido.

– Faça um check up antes da viagem e se tiver que seguir algum tipo de tratamento, leve o histórico, as orientações, e as prescrições do seu médico traduzidos para o idioma do país em que será feito o intercâmbio.

– Para viagens curtas, procure levar medicamentos suficientes para todo o período em que estiver fora.

– Procure o máximo de informações sobre o tipo de alojamento em que ficará.

– Se for se hospedar numa casa de família, faça contato antes e exponha suas necessidades especiais, se for o caso.

– Conheça e siga as regras da instituição e do país onde for estudar.

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