*** Texto em Português de Portugal ***
Link Original:
http://www.semanainformatica.xl.pt/820/act/200.shtml
Monitorização remota de doentes ganha apoiantes
De Luísa Dâmaso
A Ericsson Mobile Health é uma das impulsionadoras desta nova forma de vigiar doentes crónicos
Num cenário de lotação de camas, como o que se verifica em muitos hospitais portugueses, a monitorização remota poderá fazer sentido. A área de Mobile Health, que integra a unidade de negócio Ericsson Enterprise, identificou a oportunidade e está a proceder a um levantamento das áreas que, eventualmente, poderão beneficiar com este tipo de vigilância de doentes. «O objectivo é melhorar os cuidados prestados e reduzir custos», referiu o account manager da Ericsson Portugal para a área de Mobile Health, Paulo Reis.
Esta estratégia surge na sequência de dois projectos europeus em que a Ericsson participou, nomeadamente o Mobile Health e o Health Service 24. O primeiro envolveu a investigação em ambientes hospitalares e o segundo incluiu testes de aplicabilidade de soluções tecnológicas desenvolvidas para responder a determinadas necessidades do sector da saúde.
A solução de Mobile Health que a Ericsson desenvolveu assenta em tecnologias existentes nos hospitais e em dispositivos móveis que possam ser facilmente transportados pelos pacientes. O modus operandi do sistema é simples: os sensores de sinais vitais comunicam com um módulo de comunicação via bluetooth; através das redes GSM ou UMTS, este envia a informação para um portal, onde os médicos acedem à informação de cada paciente. A segurança destes acessos é garantida por um sistema de login/ password. «Pretende-se que os doentes beneficiem de uma maior mobilidade e de melhor qualidade de vida, evitando-se ou reduzindo-se as hospitalizações», explica este responsável.
Com os olhos no sector hospitalar público e privado, a Ericsson possui sistemas de monitorização remota adaptados a doentes cardíacos, com problemas respiratórios e de coagulação, bem como a diabéticos. Paulo Reis adiantou que estão a ser analisadas outras áreas de aplicabilidade no universo de doenças crónicas ou de foro ambulatório.
A qualidade do serviço prestado aos doentes e a redução de custos são as principais vantagens prometidas ao sector hospitalar pela Ericsson. Quanto a custos, «se o hospital utilizar o portal da Ericsson não há custos muito elevados, apenas os da utilização do serviço», assegurou Paulo Reis. Para os casos em que o hospital pretenda ter os dados no seu sistema de gestão, existe uma componente de integração e, nesses casos, este responsável assegura que os custos dependem do tipo de projecto que é necessário desenvolver. «O custo de utilização, na versão de hosting, ou seja, com acesso ao portal, por sensor/módulo de comunicação, é de 240 euros por ano», referiu Paulo Reis, destacando que o hospital paga apenas a utilização do serviço, ou seja, não há um custo vitalício.
Para já, a implementação da solução da Ericsson está a ser testada em alguns projectos-piloto. Por cá, Paulo Reis garantiu ao Semana que estão a ser conduzidas algumas iniciativas no sentido de avançar com dois piloto nesta área. «Este tipo de projecto permite obter informação real sobre a utilidade do sistema», destacou o responsável.
Sem querer adiantar o nome dos hospitais em que o sistema será implementado para teste, o account manager da Ericsson para a área de Mobile Health revelou que 2007 deverá ser um «excelente ano» para esta área de negócio no nosso país.
Projectos internacionais com aplicabilidade nacional
O negócio da Ericsson na área da saúde já está mais desenvolvido por outras paragens. De acordo com Paulo Reis, a empresa conduziu recentemente a integração de todos os centros de saúde da Croácia numa plataforma central, que permite o acesso dos profissionais de saúde croatas ao ficheiro electrónico dos pacientes em qualquer zona do país.
Questionado em relação ao feed-back do Ministério da Saúde português para este tipo de projecto, este responsável admite que é «positivo», embora não haja nada de concreto a assinalar. «A Ericsson tem a experiência, o know how e a presença local necessária para implementar um projecto desta natureza em Portugal», garante Paulo Reis
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