Obesidade dificulta gravidez natural e até sucesso da fertilização in vitro

Crédito de foto: FreeImages
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Diabetes, infertilidade, ansiedade, depressão, problemas cardiovasculares, cânceres e o aumento da pressão arterial são algumas das possíveis consequências do sobrepeso, que atinge mais da metade da população feminina (53,8%), e principalmente da obesidade, que está presente em 19,6% das mulheres brasileiras, alerta o endocrinologista Leonardo Salles, diretor do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO).

– Temos que discutir a síndrome da obesidade, debatendo suas causas, que acabam por levar ao ganho de peso. Independente da técnica utilizada para a perda de peso, o fundamental é abordar a obesidade como síndrome que é, abordando seus fatores desencadeantes, com boa psicoterapia, reeducação alimentar, incorporando a atividade física no dia a dia, e aceitando a necessidade da mudança de estilo de vida.

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Conforme uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Verhum, mulheres obesas submetidas à fertilização in vitro tiveram uma taxa de abortamento espontâneo de 66,6% contra 17,8% daquelas que tinham sobrepeso e 13,8% entre as que estavam no peso normal.

Segundo Salles, no âmbito da fertilidade feminina, a obesidade além de dificultar a gravidez natural ou por técnicas de reprodução assistida, também provoca o aumento das possibilidades de aborto, prematuridade, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, infecções pós-parto e a geração de filhos com propensão a obesidade.

– O fator principal que influencia na infertilidade da mulher obesa é o excesso de estrogênio (hormônio sexual feminino). A produção deste hormônio está diretamente associada a gordura corporal e o seu excesso causa um desequilíbrio hormonal que pode impedir a ovulação e, por consequência, a diminuição das chances de gravidez e instalação da infertilidade.

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Outra doença que já foi associada aos homens, mas que atualmente está se sobressaindo dentre as mulheres é o diabetes. Cerca de 9,9% das mulheres brasileiras declarou ter diabetes em 2016, contra 7,8% dos homens, segundo uma pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.

As mulheres com mais de 35 anos com obesidade abdominal, hipertensão arterial e triglicérides elevados são o público com maior risco de desenvolver a doença, avisa o médico.

– E este tipo de obesidade em mulheres também podem desenvolver o diabetes gestacional, desencadeado por alterações no metabolismo materno e agravada pelo ganho de peso excessivo durante a gestação, idade materna avançada e quadro de hipertensão arterial. Na maioria dos casos, o diabetes gestacional desaparece após o nascimento do bebê, mas a condição aumenta as chances de a mulher desenvolver doenças cardiovasculares e a probabilidade de apresentar a doença após a menopausa.

 

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