Remédio de ação semanal contra o DM2 chega às farmácias

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Mais uma novidade chega às prateleiras das farmácias para o tratamento do diabetes tipo 2. A molécula semaglutida, lançada com o nome comercial Ozempic, é um análogo do peptídeo humano semelhante ao glucagon (GLP-1). Ela faz parte de uma nova classe de medicamentos que atua em conjunto com dieta e exercício físico, para tratar pacientes adultos com diabetes tipo 2 não satisfatoriamente controlados (quando a glicemia permanece muito alta).

Segundo Priscilla Olim de Andrade Mattar, diretora médica da Novo Nordisk, entre todos os análogos de GLP-1 existentes e aprovados para os pacientes com DM2, a semaglutida se mostrou como a opção mais potente nos quesitos controle glicêmico e perda de peso, e com o benefício adicional de redução do risco cardiovascular.

– No Brasil, cerca de 70% dos pacientes com DM2 têm dificuldade de controlar sua hemoglobina glicada abaixo de 7,5%. Além disso, doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte dos pacientes com diabetes tipo 2. Nesse cenário, poder propiciar aos pacientes uma ferramenta como a semaglutida é um privilégio imenso. Sabemos que esse será um divisor de águas e poderá impactar positivamente milhões de vidas.

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Um dos grandes atrativos da medicação injetável é a aplicação subcutânea semanal, independente dos horários das refeições, permitindo maior adesão ao tratamento. Dessa forma, Ozempic se encaixa em várias fases do tratamento do diabetes tipo 2, desde aquele paciente recém-diagnosticado até pacientes com mais tempo de doença, mais ou menos graves, indicado tanto como monoterapia ou em combinação com outro medicamento para o diabetes, ressalta a médica.

– O uso da semaglutida promoveu uma redução maior da glicemia em todos os estudos comparativos. Mais do que isso, a semaglutida propiciou um altíssimo percentual de pacientes na meta glicêmica de 7% de hemoglobina glicada: 79% dos pacientes chegaram nesse alvo preconizado pelos médicos.

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Do ponto de vista do peso corporal, cujo controle é fundamental no tratamento do diabetes tipo 2, Priscilla afirma que “o medicamento demonstrou perda de peso superior e sustentada, chegando a uma redução média de 6.5 kg, mais que o dobro visto com outros medicamentos da mesma classe”.

– Finalmente, percebemos uma redução significativa de 26% no risco de eventos cardiovasculares (morte cardiovascular, infarto não fatal e AVC não fatal), comprovando seu benefício cardiovascular.

Apesar da significativa perda de peso, é importante ressaltar que Ozempic ainda não tem indicação em bula para o tratamento da obesidade. Sobre os efeitos adversos, os mais relatados são náuseas e vômitos, assim como as outras moléculas da mesma classe.

 

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