Você sabe o que define o pré-diabetes?

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Você já ouviu falar em pré-diabetes? Como o próprio nome sugere, o termo é utilizado para definir a categoria de risco aumentado para o desenvolvimento do diabetes, como se fosse um estado intermediário entre a pessoa saudável e o diabetes tipo 2. A sua identificação é feita pela medição dos níveis de glicose no sangue (glicemia). Se a glicemia de jejum estiver entre 70 mg/dL e 100 mg/dL, fica caracterizado estado de normalidade. Resultados de 100 mg/dL a 126 mg/dL sugerem a presença de pré-diabetes. Assim, o diabetes propriamente dito pode ser sugerido se a glicemia de jejum for superior a 126 mg/dL.

Estima-se que cerca de 70% dos indivíduos com glicemia de jejum alterada e/ou tolerância à glicose diminuída, quando não tratados, desenvolvem o diabetes  tipo 2.

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Uma pesquisa encomendada pela Merck e conduzida pelo IBOPE Inteligência sobre o conhecimento da população brasileira em relação ao pré-diabetes mostra que 42% dos entrevistados desconhecem a condição. O levantamento, que ouviu 2 mil brasileiros, também revelou que entre as pessoas com diabetes, 47% não tiveram o diagnóstico de pré-diabetes.

O endocrinologista João Eduardo Nunes Salles, vice-presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) e Coordenador da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, lamenta o dado.

– Essas pessoas ficaram sem uma segunda chance de evitar uma doença para se preocuparem pelo resto da vida. O pré-diabetes é uma categoria de risco aumentado para o desenvolvimento do diabetes. Conhecê-lo é importante para tentarmos reverter alguns quadros com mudanças de hábitos e controlarmos o desenvolvimento da doença.

Outros dados da pesquisa apontaram ainda que poucas pessoas conhecem os fatores de risco para o diabetes.  Para 76%, a simples ingestão de doces isolada já é causa de surgimento da doença, enquanto apenas 34% sabem que pressão alta é um agravante.

– É importante as pessoas saberem que o que leva ao pré-diabetes são diversos fatores de risco combinados como sobrepeso, sedentarismo, histórico familiar e rotina alimentar.

A pesquisa mostra que 55% dos brasileiros estão na faixa do sobrepeso, o que isoladamente já é um fator causal importante, e 66% não praticam atividade física regularmente.

Entre as recomendações para evitar o desenvolvimento da condição, está a mudança de estilo de vida com reeducação alimentar e prática de atividade física para perda de peso. O acompanhamento com o médico endocrinologista e o nutricionista são essenciais durante essa jornada. Em alguns casos, além da adoção de tais medidas, o especialista pode prescrever também tratamento com medicamentos orais ou injetáveis.

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