O diabetes atinge cerca de 285 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, apenas 10,4% dos pacientes com diabete tipo 1 (dependente de insulina) e 26,8% com o tipo 2 estão controlados, segundo recente pesquisa feita no pais
O avanço da doença preocupa
Dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF, em inglês), divulgados no ano passado, mostram que um em cada 14 adultos, terá diabetes até 2025.
Nos próximos 20 anos, o número de pacientes com diabetes crescerá 54% no mundo. Cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil sofre de diabetes, mas apenas metade sabe.
Mais agravante que isso é que dos diabéticos que conhecem a doença, menos da metade cuida corretamente.
Uma recente pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia, aponta que três de quatro diabéticos não controlam a doença adequadamente e estão com seus índices de glicemia alterados.
Monitoramento domiciliar
Hoje os portadores de diabetes têm a possibilidade de realizar seus controles glicêmicos monitorando o diabetes no conforto do lar.
Os modernos glicosímetros oferecem maior segurança no seu uso.
A evolução desses monitores de glicemia tem reduzido o tempo de resolução do teste capilar a menos de 8 segundos.
É importante saber quais são seus parâmetros ideais, por isso converse com o médico, pois cada um terá metas individuais estabelecidas por ele.
Há regras universais, mas é o profissional médico que deve orientar o paciente individualmente, devido à particularidade da idade e peso.
Anotar corretamente os resultados tem sido regra ouro no controle do diabetes.
O modernos monitores tem meios de obter os resultados diretamente da memória do aparelho através de softwares de transferência, oferecendo cálculos importantes (por exemplo, Desvio Padrão e Glicemia Média Semanal) e as transformando em gráficos ou tabelas. Após a impressão será fornecido ao médico um melhor material para analise dos resultados das glicemias apuradas durante o tratamento.
E porque fazer o controle adequado?
Para evitar os alarmantes resultados de uma pesquisa realizada, ou seja, muitas pessoas com os problemas tardios do diabetes:
• 45% das pessoas têm sinais de retinopatia diabética, um problema de visão que pode levar à cegueira;
• 44% apresentam neuropatias, perda de sensibilidade em pernas e pés, por alteração nos nervos;
• 16% já têm algum grau de alteração da função renal.
Todas essas complicações são consideradas crônicas.
A grande surpresa
O que mais causou surpresa aos pesquisadores é o fato das pessoas terem ao seu alcance os medicamentos e a atenção médica através dos SUS.
Na opinião da classe médica a razão do descontrole da doença ocorre por vários fatores:
• Baixa adesão dos pacientes ao tratamento;
• Influência da alimentação, e;
• Vida sedentária.
Planejar o Monitoramento
Lembre-se que para fazer um bom monitoramento tem que planejar a realização dos testes a serem feitos, respeitar os horários e ter muita disciplina alimentar, além de manter atividade física todos os dias.
No mundo
A literatura médica aponta que esse problema não é só nosso, é também de 56% dos norte-americanos, assim como 46% dos holandeses e 40% dos alemães.
O pior índice é o da Tunísia, com 83% dos doentes com níveis alterados.
O compromisso
O caro leitor tem um grande compromisso consigo e com os seus na manutenção correta do diabetes, ler e saber dos problemas é muito importante para conduzir bem o diabetes, tendo assim uma vida longa e feliz.
Profº Luiz Carlos Henrique – biólogo e educador em diabetes!
Comentários