O uso de insulina é necessário para a sobrevivência do portador de diabetes tipo 1, já alguns portadores do tipo 2, para alcançar o controle glicêmico, também necessitam dela associada ou não a medicamento. Por este ser o único ou o maior tratamento de controle da doença ele deve ser bem feito.
Saber o local e a forma correta de aplicação auxiliam muito no controle da glicemia.
A aplicação de insulina deve ser feita em 4 regiões do corpo e com rodízio entre elas:
? Braço: aplicar na região posterior externa do braço, no espaço entre três dedos abaixo do ombro e três dedos acima do cotovelo;
? Abdômen: aplicar nas regiões laterais direita e esquerda distante três dedos do umbigo – dedo pessoa que usa insulina. Não é recomendado aplicar acima e nem abaixo do umbigo;
? Coxas: aplicar na região frontal e lateral superior da coxa, no espaço entre três dedos abaixo da virilha e três dedos acima do joelho;
? Nádegas: aplicar na região superior lateral externa do glúteo, tendo como referência a prega interglútea (“cofrinho”).
Em cada região de aplicação temos a opção de realizar testes entre 6 a 8 locais de aplicação, como mostra, em detalhes a figura abaixo. É importante que as aplicações na mesma região tenha a distancia de 3cm.
O rodízio entre as regiões é fundamental, pois evita que a área seja prejudicada, podendo provocar a lipodistrofia, uma deformação da pele – que aparece devido à repetida aplicações no mesmo local. Este rodízio também deve ser feito entre os locais da região que deve ser saturado até mudar de região, por exemplo:
Iniciamos a aplicação da insulina pelo braço esquerdo, nesta região temos a opção de realizar 8 testes, como mostra a figura abaixo. Após aplicarmos nestes 8 pontos, muda-se para o braço direito, com a opção de mais 8 regiões. Depois realiza o rodízio, alternando para outra região, como o abdômen e assim sucessivamente, até acabarem as 4 regiões e os locais possíveis, retornando ao braço esquerdo.
Não aplicar a insulina na região se a pele estiver lesionada.
FORMA DE APLICAÇÃO
A aplicação da insulina deve ser feita no tecido subcutâneo, pois neste local foram feitos os testes de absorção da insulina e são eles que baseiam a prescrição médica.
Se a aplicação for no músculo, além de ser mais dolorida, ela está em uma região mais vascularizada que o subcutâneo, com isso a absorção será mais rápida, podendo levar a episódios de hipoglicemia. Mas caso a aplicação seja na epiderme, região com menos vascularização, a absorção da insulina será mais lenta, podendo apresentar picos de hiperglicemia.
A aplicação é sempre a 90º, pois o que determina o local de aplicação é o comprimento da agulha e não a variação do ângulo.
É sempre importante lembrar que as agulhas da seringa e da caneta são descartáveis, mas muitas pessoas fazem uso delas por mais de uma vez. Os riscos de se reutilizar as agulhas são:
? Maior risco de provocar uma infecção;
? Maior dor na aplicação;
? A inserção da agulha na pele é mais difícil;
? Depósito de cristais de insulina na luz da agulha fazem com que se tenha uma maior pressão na aplicação e com isso não seja aplicada a quantidade de insulina correta e etc.
A imagem abaixo mostra a condição ampliada de uma agulha que está sendo reutilizada. A forma de um anzol dificulta a penetração da agulha na pele e a saída da mesma.
Att.
Caroline Montingelli Coelho
Farmacêutica – CRF-SP: 50.089
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