Conhecer o diabetes é fundamental para obter o controle glicêmico, evitando assim as complicações da doença!
Já falamos sobre diversos aspectos do diabetes, mas hoje vamos falar de definições… o que é diabetes, seus três principais tipos e os sintomas da doença!
Diabetes
O Diabetes Mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo variado de distúrbios metabólicos que possuem em comum o aumento da quantidade de açúcar no sangue.
As possíveis causas são:
* insuficiência na produção de insulina ou;
* uma diminuição da resposta à insulina ou;
* ambas.
Tipos de Diabetes
Os principais tipos, são:
* Tipo 1
* Tipo 2
* Gestacional
Mas existem outros tipos, como:
* Doença do Pâncreas Exócrino (pancreatite, neoplasias, etc)
* Endocrinopatias
* Introduzidos por fármacos ou agentes químicos (corticóides, hormônios tireoideanos, etc)
* Infecções
DM tipo 1
O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.
Sua incidência é entre 5 – 7%.
A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena) havendo a necessidade de tomar insulina para viver e se manter saudável. São necessárias injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.
Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Em geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.
DM tipo 2
Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.
Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de “resistência Insulínica”.
O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina. Vale ressaltar aqui que o uso da insulina não é uma punição do médico e sim a busca do médico pelo necessário controle glicêmico!
DM Gestacional
É a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez. Pode persistir ou desaparecer depois do parto. Torna-se aparente durante a 24a. e 28a. semana de gravidez.
Pode atingir até 7% das grávidas, mas não impede uma gestação tranqüila, quando é diagnosticado precocemente e recebe acompanhamento médico, durante a gestação e após o nascimento do bebê.
Várias são as mudanças metabólicas e hormonais que ocorrem na gestação. Uma delas é o aumento da produção de hormônios, principalmente o hormônio lactogênio placentário, que pode prejudicar – ou até mesmo bloquear – a ação da insulina materna, quando isto acontece ocorre elevações glicêmicas características do diabetes gestacional.
O tratamento do diabetes gestacional busca diminuir a quantidade de bebês grandes, que nascem de mães que tiveram DM gestacional, evitar a queda do açúcar do sangue do bebê ao nascer e diminuir a incidência da cesariana. Para a mãe, além de aumento do risco de cesariana, o diabetes gestacional pode estar associado à elevação da pressão arterial que pode evoluir para a eclampsia, com elevado risco de mortalidade materno-fetal e parto prematuro.
Após o parto, geralmente o diabetes desaparece, mas essas pacientes têm grande risco de sofrerem o mesmo transtorno em gestações futuras e 20 – 40% de chance de se tornarem definitivamente diabéticas nos próximos 10 anos. Além disso, os bebês que nascem grande têm risco aumentado de desenvolverem obesidade e diabetes durante a adolescência, por isso, os cuidados com a alimentação devem continuar após o parto, para mãe e filho.
Sinais e Sintomas
Quando pensamos nos sinais e sintomas do diabetes devemos lembrar de algo primordial, o diabetes é uma doença silenciosa e por isso em diversos casos não existem sintomas. Não é raro escutarmos histórias de crianças que descobriram o diabetes após entrarem em coma devido a glicemias elevadíssimas ou atendermos clientes recém diagnosticados já praticamente cegos ou amputados.
Os sintomas quando aparece ocorrem devido à falta de energia nas células. Todas as funções do nosso corpo são feita devido a esta energia, ela vem da transformação da glicose – vinda da alimentação. Esta glicose necessita entrar nas células, auxiliada pela insulina, e assim é transformada em energia.
Se a glicose não entra na célula – como é o caso do diabetes a glicose fica acumulada no sangue, e assim há a necessidade de eliminar esta glicose, esta é eliminada pela urina – por isso o diabético urina diversas vezes. Junto com a urina eliminamos água e com isso para evitar uma possível desidratação o diabético sente muita sede.
Como as células não recebem a glicose para gerar energia, não há saciedade e com isso a pessoa sente muita fome e constantemente, pois as células acreditam que não tem glicose – alimento – então elas estimulam o corpo a sempre pedir comida. Mesmo comento muito, há perda de peso, porque a glicose que entra sai pela urina – vale ressaltar que este sintoma é mais comum no DM 1.
Com a falta de energia produzida a partir da glicose, o corpo busca obter energia vinda de outras fontes, gordura e proteínas, mas este processo não é completo e com isso há um acúmulo de corpos cetônicos – responsável pelo hálito de maça podre – que pode levar o diabético ao coma diabético.
Ao mesmo tempo, apresenta casaço fácil, desinteresse pelas coisas que habitualmente interessavam, desidratação crescente, sono abundante que com o decorrer do tempo, se não tratado, podendo evolui para confusão mental chegando até ao coma diabético.
Os diabetes descompensado levam a problemas, inicialmente não perceptíveis, mas que ao longo dos anos de descontrole se agravam progressivamente e podem evoluir para as complicações crônicas da doença, como: queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras.
É importante sempre estar atendo e fazer consultas ao médico endocrinologista, sua frequência depende do controle glicêmico e caso tenha alguma complicação procurar o médico especialista para o seu problema (oftamologista, cardiologista, neurologista, nefrologista, etc).
Até breve,
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