A crescente prevalência de diabetes no Brasil e no mundo, frequentemente associado à Hipertensão Arterial, à Doença Cardiovascular e ao envelhecimento populacional tem tornado mais frequente também a ocorrência de Doença Renal Crônica.
A Doença Renal Crônica associada ao diabetes se instala de maneira gradativa, assintomática, evoluindo com perda de função renal e a necessidade de tratamento com diálise ou transplante, limitando a qualidade de vida e aumentando o risco de morte prematura.
Mesmo na fase assintomática da Doença Renal Crônica em que a pessoa está aparentemente saudável, é maior o risco de morte prematura de causa
Cardiovascular, independente do grau de comprometimento renal.
Diagnóstico precoce da Doença Renal Crônica
O diagnóstico da presença de lesão renal pode ser feita de maneira muito precoce, em seu estágio inicial em que a pessoa não apresenta qualquer sintoma e na maioria das vezes permanece sem diagnóstico por muitos anos.
O diagnóstico pode ser feito pela medida da creatinina no sangue que permite também calcular o Grau de Filtração Glomerular e a presença de albumina na urina. São exames bastante simples, realizados em um bom laboratório de análises clínicas.
O diagnóstico precoce permite o tratamento que reduz o risco de progressão da doença para perda total da função renal bem como reduz o risco cardiovascular.
Quem está em maior risco para desenvolver Doença Renal Crônica.
1 . Pessoas portadoras de diabetes
2 . Pessoas portadoras de Hipertensão Arterial
3 . Pessoas portadoras de obesidade
4 . Fumantes
5 . Pessoas com idade maior que 50 anos
6 . Pessoas com antecedentes familiares de doença renal, diabetes ou hipertensão arterial.
As pessoas que encontram-se em risco para Doença Renal Crônica devem o mais rápido possível realizar exames de laboratório que permitem avaliar a função renal.
Prevenção da progressão da Doença Renal Crônica
Está bastante comprovado que o tratamento da Doença Renal Crônica em seus estágios iniciais previne a progressão da doença para a insuficiência renal e reduz o risco cardiovascular. As medidas mais eficazes são:
1 . Contrôle da glicemia
2 . Controle do Colesterol e Triglicerides
3 . Controle da Pressão Arterial
4 . Uso de medicamentos que reduzem a eliminação de albumina pela urina
4 . Redução na ingesta de sal de cozinha pois ajuda no controle da Pressão Arterial
5 . Controle da anemia, quando presente
6 . Parar de fumar
7 . Melhorar a atividade física diária
8 . Controlar o peso.
Tratamento da Doença renal Crônica
Numerosos estudos clínicos mostram o benefício do tratamento da Doença Renal Crônica com drogas conhecidas como inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina e Bloqueadores de Receptores da Angiotensina reduzindo portanto a ocorrência de Doença Renal Crônica avançada em consequência do mal contrôle do diabetes e da Hipertensão Arterial.
O custo deste tratamento na atualidade é muito baixo. A Losartana, uma das drogas utilizadas é fornecida gratuitamente nas farmácias populares, mediante a apresentação de receita médica.
Fonte:http://www.diabetes.org.br/component/content/article/188-slideshow-home/2320-dia-mundial-do-rim
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