A patologia conhecida hoje como diabetes já está por muitos esclarecida, mas o que é pré-diabetes?
Pré-diabetes é uma condição clínica cujos resultados do exame TTG (teste de tolerância de glicose) situam-se entre os valores 100 a 125mg/dl de sangue. Outro diagnóstico pode ser feito pelos resultados pós-prandiais (2 horas após refeição em média) em que os valores de 140-200 indicam pré-diabetes e acima de 200 o paciente já é classificado como diabético.
No entanto, se observarmos de forma simples, podemos dizer que esse termo pré-diabetes é na verdade um indicativo do estágio inicial da doença.
Quando o paciente recebe a notícia do médico que é um pré-diabético, em geral pode assustar, mas se bem controlado, esse paciente pode levar uma vida perfeitamente normal e quem sabe, até reverter esse quadro.
Porém, como ser um pré-diabético é na verdade o estágio inicial da instalação da doença, o tratamento nutricional é o mesmo empregado para pacientes que já tem o diagnóstico e utilizam, além da nutrição, o tratamento farmacológico (medicação ou aplicação de insulina).
Para esses pacientes, a estratégia nutricional mais adequada é a CONTAGEM DE CARBOIDRATOS, que permite ao paciente conhecer a quantidade de carboidratos contidos nos alimentos, auxiliá-los na elaboração das refeições e permitir uma maior liberdade na dieta.
Nesse tipo de estratégia, são controlados os amidos (pães, massas farinhas, batata, biscoitos, milho, mandioca), leite e derivados de leite (menos o queijo), frutas e sucos de frutas e os doces em geral (bolos, tortas, chocolates, etc.).
Mesmo que esses alimentos sejam controlados, eles são permitidos na dieta, porém em porções adequadas para cada paciente, conforme seu peso, idade, estatura e prática de atividade física.
Devemos lembrar também do consumo adequado das fibras, cuja recomendação para adultos é de 20-35 gramas por dia e para crianças soma-se o número 5 à idade para ter a quantidade adequada de fibra por dia.
As fibras têm a função de evitar picos glicêmicos, ou seja, evitam rápida absorção dos carboidratos consumidos na dieta, bem como auxiliam no controle do colesterol total e triglicerídios.
Na contagem de carboidratos, não se leva em consideração o consumo de carnes e gorduras, mas é preciso moderar no consumo desses alimentos, pois possuem alta densidade calórica e podem causar aumento de peso se consumidos em excessos.
Em suma, uma vez recebido o diagnóstico de pré-diabetes, é preciso encarar como um alerta e repensar os hábitos e estilos de vida e procurar sempre um nutricionista especialista em diabetes que possa orientá-lo nessa nova etapa que se inicia: a busca por uma alimentação mais saudável e a não continuidade da doença.
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Escrito por:
Dra. Natércia Vieira Ribeiro
Nutricionista com Especialização em Nutrição Clínica e Residência Hospitalar – CRN-08/3287
Fonte: http://www.portaldiabetes.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=10033
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