Projeto “Uma vida para o diabetes” é destinado ao tratamento de crianças com diabetes e ainda dá orientações aos pais


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Boa tarde pessoal!! Acompanhem o bom exemplo de pais de crianças com diabetes na cidade de Manaus!

Em maio deste ano, Odirlei Araújo descobriu  que o seu filho, Ayury Klaus, de apenas 8 anos, é portador de diabetes. Segundo ele, o diagnóstico apontou que a doença é do tipo 1, e o resultado mudou drasticamente a rotina da família. Em busca de orientações sobre o problema, Odirlei encontrou em um projeto histórias parecidas com a sua, mas que revelam o mesmo grau de esperança.

A diabetes de Ayury foi um choque para Odirlei e confirmada da pior forma possível. Segundo ele, após Ayury passar mal, a criança foi levada a um hospital, onde passou dez dias na UTI até a doença ser descoberta. “Ele sempre gostou de comer coisas da idade dele e nós sempre tivemos uma alimentação desregrada, mas como pai nunca imaginei que isso pudesse acontecer um dia”, disse ele.

Desde então, os momentos de agonia começaram a ser relatados por outros pais e ouvidos com atenção. Isso porque Odirlei procurou um importante projeto, o “Uma vida para o diabetes”, voltado especialmente para crianças portadores da doença e os pais.

Dentro dele, vários pais se reúnem mensalmente para trocar experiências sobre as dificuldades, avanços e os próximos passos a serem dados pelas famílias. “Em termos de comportamento, a gente mudou a questão da atividade física e até mesmo o trato com ele, pois envolve toda uma questão psicológica, de trabalhar nele a aceitação da doença para que ele se considere uma pessoa normal”.

Projeto

Criada há três anos, a ação é coordenada pela endocrinologista e professora universitária Marcela Azevedo. Segundo ela, hoje o “Uma vida para o diabetes” conta com mais de 40 crianças cadastradas e busca fazer uma troca de ideias entre os pais e filhos portadores de diabetes.

“Eu observei que era necessário trabalhar a diabetes de tipo 1 com enfoque multidisciplinar. É importante tanto para o paciente quanto para o familiar. O  grupo dá um suporte emocional e permite que essas crianças tenham contato com as outras, fazendo com que elas não se sintam sozinhas nessa situação”, explicou Marcela.

Segundo ela, a união do grupo apresenta resultados positivos na recuperação dos pacientes. “Um dos sentimentos mais freqüentes é o medo, a insegurança, a tristeza, a raiva das crianças e até de pais, que pensam que fizeram alguma coisa para a criança ter diabetes. Aqui ninguém pode se culpar, pelo contrário, as pessoas se unem”, completou.

Diabetes 

De acordo com a endocrinologista Marcela Azevedo, a diabetes do tipo 1 é a mais registrada em crianças. Diferente do tipo 2, que é transferida hereditariamente, a do tipo 1 acontece quando a produção de insulina do pâncreas é insuficiente.

Nessa situação, os pacientes precisam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. O “Uma vida para o diabetes” promove reuniões mensais no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), além de realizar palestras com a presença de outros especialistas para abordar diversos assuntos em outros locais da cidade.

Fonte: http://acritica.uol.com.br/

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