Retinopatia diabética
Entre as doenças oculares que levam à cegueira, a retinopatia diabética é, sem dúvida, uma das mais importantes; e é também a retinopatia vascular mais freqüente.
O aparecimento de alterações retinianas causadas pelo diabetes está relacionado ao tempo de evolução (aproximadamente de seis a 10 anos de diabetes) e ao controle clínico e laboratorial, principalmente nos primeiros anos da doença.
O número de pacientes portadores de retinopatia diabética tem aumentado, uma vez que o percentual de diabéticos na população também tem crescido em função de uma maior sobrevida proporcionada por medicamentos mais eficientes e pelo maior acesso da população aos meios de tratamento.
O controle clínico e laboratorial adequado do diabetes deve ser feito juntamente com o da retinopatia. Desde a descoberta da retinopatia, mesmo nas formas iniciais (retinopatia diabética incipiente) até as formas mais severas (retinopatia diabética proliferativa), o tratamento oftalmológico especializado deve ser instituído visando à manutenção da visão, pois nem sempre é possível reverter a perda visual já existente em decorrência da retinopatia.
A retinopatia diabética tem tratamento efetivo e único, em suas formas pré-proliferativas e proliferativas (com a presença de neoformações vasculares), que consiste na fotocoagulação com laser.
Nas formas mais graves da doença, em que há a presença de hemorragias retinianas e vítreas, o tratamento é feito com cirurgias de remoção do sangue, tecidos cicatriciais e eventuais descolamentos da retina, utilizando-se as técnicas de vitrectomias e de retinopexias.
Como todas as formas de retinopatia diabética necessitam de acompanhamento e tratamento rigorosos, e o mais precocemente possível, é importante salientar que todo diabético deve ser examinado pelo oftalmologista (sempre com as pupilas dilatadas) com freqüência.
Ao serem detectadas alterações retinianas, os pacientes devem ser encaminhados ao especialista de retina o mais rapidamente possível, para dar início ao tratamento especializado.
Infelizmente, em nosso meio os pacientes são encaminhados aos serviços especializados, na sua maioria, tardiamente, o que piora muito o prognóstico em termos de manutenção e/ou recuperação de perda da visão.
Para reverter esse quadro, tem-se procurado aumentar a divulgação da necessidade do exame de retina nos pacientes diabéticos, em campanhas e programas de saúde pública.
Porém, cabe a nós, médicos, estarmos atentos para a gravidade do problema e assim tentarmos diminuir o nível de desinformações a respeito das complicações severas desta doença e das suas possibilidades de tratamento.
Dr. Antônio Sérgio Leone
CRM: 37733
Dr. José Lucas de Souza Filho
CRM: 28053
Cerpo Oftalmologia
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