Você cuida bem da sua saúde e prioriza a qualidade da alimentação? Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), mais de 70 mil brasileiros já morreram por conta de problemas cardiovasculares em 2017. E a grande causa deste número pode estar relacionada à má alimentação.
A revista da Academia Americana de Medicina publicou recentemente um estudo apontando que a deficiência ou ingestão exagerada de alguns grupos nutritivos, como carne vermelha e sódio, pode ser responsável por quase 50% dos mais de 700 mil óbitos por infarto, derrame e diabetes registrados nos Estados Unidos em 2012. As duas primeiras causas figuram no topo do ranking da mortalidade global, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Receita: Macarrão de arroz com berinjela
No caso dos brasileiros, os hábitos alimentares têm como forte característica o consumo de quantidades desnecessariamente grandes de sal, carboidratos e gorduras, conforme explica o cardiologista Luiz Velloso, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
– Seria um grande avanço para a saúde de nossa população se as novas gerações fossem habituadas a uma alimentação mais saudável, com maior consumo de fibras, substituindo boa parte do sal pelas variadas ervas e condimentos de que dispomos, e os carboidratos por vegetais e legumes.
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Como se sabe, o consumo de sal tem forte correlação com os níveis de pressão arterial. No indivíduo hipertenso, a diminuição da ingestão de sal muitas vezes é o bastante para que a pressão arterial volte a níveis adequados.
– Esta correlação sal/hipertensão também tem expressão populacional e é bastante conhecida a observação de que grupos como os índios Yanomami, cujos hábitos alimentares não incluem o sal nos alimentos, e que têm uma prevalência desprezível de hipertensão arterial.
A hipertensão arterial é, via de regra, assintomática. No entanto, seus efeitos prejudiciais à saúde vão se instalando de forma lenta e progressiva.
– Os vasos vão sofrendo alterações degenerativas, até que a doença se manifeste por meio de suas mais temidas consequências, como o acidente vascular – derrame – e o infarto do miocárdio.
Graças à ausência de sintomas, a hipertensão deve ser pesquisada em todos, por medições periódicas da pressão arterial, como nos exames admissionais e de rotina trabalhista. E o fato ilusório de não provocar sintomas durante muitos anos não quer dizer que não deva ser tratada tão logo seja diagnosticada.
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