Comecei minha carreira no jornalismo como repórter de uma revista especializada em diabetes. Durante cinco anos e meio, escrevi apenas matérias sobre o tema. Na minha vida pessoal, o diabetes também está presente. Meu pai tem diabetes tipo 2 — e às vezes leva alguns puxões de orelha porque come escondido e não mede a glicemia — e meu marido trabalha no ramo.
Como o número de portadores da doença só aumenta no Brasil e no mundo, especialmente por causa do excesso de peso, sedentarismo e má qualidade da alimentação, hoje resolvi escrever sobre a importância de levar o tratamento a sério. Calma! Não vou falar sobre pé amputado, cegueira e impotência sexual. Essas complicações só aparecem quando há desleixo. O fato é que tratar o diabetes não significa apenas tomar remédio, eliminar o açúcar da dieta e caminhar cinco vezes por semana.
O tratamento também exige a constante monitorização da glicemia — aquela picadinha diária no dedo que fornece uma gota de sangue para você medir a quantidade de glicose daquele momento. A rede pública de saúde inclusive fornece o monitor e as tiras, então sem desculpas, hein?
Para os diabéticos tipo 2, como meu pai e 90% dos brasileiros com a doença, a orientação é fazer de 2 a 4 testes por semana, em diferentes horários do dia. No entanto, se você está totalmente fora de controle, deve medir a glicemia no mínimo 6 vezes ao dia, sendo antes e após duas horas das principais refeições, durante pelo menos três dias por semana. Depois de atingir o adequado controle glicêmico, a frequência de testes pode ser reduzida, mas nunca eliminada.
Já no caso dos diabéticos tipo 1, aqueles que tomam insulina diariamente, a frequência de testes deve ser diária e no mínimo em jejum, antes e após as principais refeições durante a vida toda.
Outro aspecto importante é que a automonitorização auxilia o médico na avaliação e na redefinição da conduta terapêutica, por isso a importância de realizá-lo de forma estruturada e em diferentes horários.
A novidade neste setor é o novo monitor do laboratório Abbott chamado FreeStyle Optium Neo. O principal diferencial é que o aparelho é touchscreen e tem na tela setas que indicam a ocorrência de hipo e hiperglicemia. Além disso, oferece a facilidade da realização do teste de cetona no mesmo dispositivo. Basta comprar a tira específica para esse teste.
Na caixa do aparelho, há um cabo para download do software gratuito FreeStyle® Auto Assist NEO. É só conectar o aparelho a um computador e gerar os relatórios da sua glicemia. O blog Saúde sem Neura recebeu o produto para testar e gostou.
Segundo o laboratório, o produto pode ser adquirido gratuitamente na compra de uma caixa com 50 tiras-teste pelo telefone 0800 703 0128.
Se você tem diabetes, compartilhe com a gente a sua experiência com os monitores!
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Novo monitor de glicemia indica hipo e hiperglicemia (Foto: Daia Oliver/R7)
Sou diabético a vinte anos tipo 2 e até hoje não consigo controlar tomo insulina duas vezes ao dia 25 un anoite e 30 un cedo e 3 metiformina 850 mg varia de 110 a 280 difícil manter 90 até 120.