Atleta com diabetes é promessa da natação brasileira

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Não é exagero dizer que o carioca Matheus Santana passou a maior parte de sua vida dentro da piscina. Diagnosticado com um problema respiratório aos 5 anos, ele foi apresentado à natação pelos pais com a única intenção de tratar a bronquite. Três anos depois, sentiu tonturas durante um treino e, mesmo criança, notou que algo não ia bem. Foi, então, diagnosticado com diabetes tipo 1, passou a tomar insulina diariamente e, novamente com o apoio dos pais, incluiu em sua rotina regrada os cuidados com a alimentação e com os medicamentos.

O atleta vem quebrando recordes e vencendo competições de altíssimo nível nos últimos anos, como nos Jogos Olímpicos de Verão da Juventude de 2014 na prova dos 100 m livres, quando ganhou o ouro e quebrou o Recorde Mundial Júnior pela terceira vez. Matheus atingiu o mesmo feito nos Jogos Pan-Americanos de 2015 no revezamento 4×100m livres e no Mundial de Esportes Aquáticos, nos 4x100m livres misto, quebrando o recorde sul-americano.  Agora, o nadador, que também disputou as Olimpíadas no Rio, quer inspirar outras pessoas levantando a bandeira do diabetes, mostrando que, com os cuidados necessários e acompanhamento médico, é possível ter uma excelente qualidade de vida e ser um atleta de alta performance.

– A minha intenção é quebrar estereótipos e mostrar a todos que, mesmo sendo uma doença crônica, o diabetes não deve impor limites à vida de ninguém.

Matheus reforça, também, a importância do diagnóstico precoce.

– O fato de eu ter descoberto o diabetes bem cedo permitiu que eu pudesse evitar complicações sérias que, ainda hoje, pegam pessoas de surpresa, pois elas nem imaginam que têm a doença.

A história de Matheus pode servir de inspiração para outras pessoas – que muitas vezes, quando são diagnosticadas com diabetes tipo 1 ou 2, acreditam que não poderão mais ter uma vida ativa, por pensarem que a prática de esportes poderá gerar crises de hipoglicemia (quando a taxa de açúcar no sangue diminui drasticamente).

A endocrinologista Priscilla Olim de Andrade Mattar, gerente médica da Novo Nordisk Brasil, afirma que seguindo alguns cuidados simples, a prática de atividades físicas é benéfica e auxilia no controle da doença.

– A prática regular de exercícios melhora o aproveitamento da glicose pelos músculos, ajuda a aumentar a sensibilidade à insulina e contribui para a prevenção de problemas associados, como alterações nos rins (insuficiência renal), nervos (neuropatia), vasos sanguíneos (insuficiência arterial/venosa), olhos (retinopatia) e coração (infarto do miocárdio). A mescla de atividade aeróbica com exercícios de resistência apresenta resultados ainda mais efetivos.

Quer saber qual é o seu risco de ter diabetes tipo 2? Acesse o site www.calculeseurisco.com.br e faça o teste.

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