Estudo britânico salienta a importância de perder peso, mesmo na velhice
Nunca é tarde para adotar um estilo de vida saudável
Mesmo depois dos 60 anos as pessoas podem diminuir drasticamente os riscos de doença cardiovascular e de diabetes se perderem peso, aumentarem a atividade física, deixarem de fumar e evitarem uma dieta com muitos hidratos de carbono, diz um grupo de pesquisadores universitários do Reino Unido.
“As conclusões a que chegamos enfatizam os benefícios de mudar de hábitos e perder peso, aumentar a atividade física, deixar de fumar e evitar uma dieta com muitos hidratos de carbono, com o objetivo de reduzir o metabolismo”, explica S.Goya Wannamethee, da Royal Free and University College Medical School de Londres, um dos autores do estudo. O trabalho foi publicado na última edição da revista “Journal of the American Geriatrics Society”.
Estas mudanças de hábitos são essenciais sobretudo a pessoas com síndrome metabólica, ou seja, que podem ter sintomas como hipertensão arterial, níveis de colesterol e de glicose elevados ou obesidade abdominal. Normalmente, estas pessoas têm idades mais avançadas e estão mais predispostas para desenvolver doenças de coração e diabetes.
Para melhor compreender os estilos de vida que podem afetar o metabolismo dos mais velhos, Wannamethee e os colegas observaram 3051 homens, com idades entre os 60 e os 79 anos, que participaram num estudo a longo prazo. Nenhum tinha diabetes ou doenças do coração, mas um em cada quatro sofria de síndrome metabólica.
O estudo permitiu observar que quanto mais gordo fosse o homem mais riscos tinha de ter doenças ligadas ao metabolismo. Comer muitos hidratos de carbono e fumar também aumentavam os riscos; mas estes diminuíam para aqueles que tinham deixado de fumar há 15 anos e para os que nunca tinham fumado.
Os homens que se mantiveram ativos durante o período em que foram acompanhados tinham um menor risco de sofrer perturbações do metabolismo: menos 27 por cento em relação àqueles que levavam um estilo de vida mais sedentário.
Entre os que tinham perdido peso nos dois ou quatro anos anteriores, 12,4 por cento tinham síndrome metabólica, comparativamente aos 23,5 por cento dos que não tinham alterações de peso e aos 32,2 por cento dos que tinham ganho mais uns quilos.
Mesmo entre homens com peso a mais ou obesos, os que tinham perdido peso tinham mais hipóteses de não sofrer alterações do metabolismo, sublinha o estudo.
Depois de analisados todos estes dados, os pesquisadores concluem que as mudanças de estilo de vida, ainda que feitas tardiamente, são um “potencial considerável” para prevenir alterações no metabolismo e evitar problemas de coração ou de diabetes.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1281807
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