Uma das grandes dúvidas de qualquer pessoa que resolva fazer uma atividade física é saber o quanto treinar em termos de quantidade e intensidade. Isso vale para qualquer modalidade seja na musculação, na corrida, na natação e até na caminhada.
Se você sai do consultório médico e recebe a sugestão de fazer caminhada, a pergunta é sempre a mesma: “quantas vezes por semana devo fazer?” Faça 30 minutos três vezes por semana”. Nas demais modalidades, a realidade não é diferente, planilhas e séries de treinamento são passadas como receita de bolo.
É importante lembrar que cada indivíduo é um ser único e seu treinamento vale somente para ele e assim mesmo de tempos em tempos deve mudar porque muda também a tolerância ao exercício. Pior é saber que alguns “paradigmas” não mudam dentro das salas de musculação funcionando como verdades absolutas: “Sem dor não há ganhos”. É uma grande mentira, um treinamento consciente visando qualidade de vida e bem estar segue uma ordem lenta, gradual e progressiva evoluindo sempre e sem dor.
Outra frase muito ouvida é: “quanto mais é melhor”. Também é outra mentira e talvez a razão maior das principais lesões. Você começa fazendo tudo certo, se precavendo com todo o cuidado e quando se sente muitíssimo bem com o treinamento resolve fazer mais achando que vai melhorar igualmente mais. O resultado é que além de não melhorar na mesma proporção ainda ganha uma lesão por ter passado do limite. Superação de limite é para atleta e eles não são sinônimos de saúde.
Uma pequena dica para o pessoal da caminhada:
“20 minutos bem forte pode ser melhor do que 30 muito devagar. O gasto calórico é maior e o estímulo ao sistema cardiovascular é mais eficiente”.
Portanto, treinamento ideal cada um tem o seu e receita de bolo é para fazer bolo.
CECÍLIA CARDIM
(Educadora Física)
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