Triatleta controla o diabetes e vira exemplo de superação no esporte


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Há 15 anos, num exame periódico no trabalho, o triatleta Kener Assis descobriu que sofria de diabetes. Na época, embora um pouco afastado dos treinos, pedalava, corria e vivia uma fase intensa no trabalho, com problemas pessoais e estava às voltas com a conclusão de um curso superior. Combinação perfeita para alto índice de estresse.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 382 milhões de pessoas no mundo tem diabetes. Só no Brasil, a doença atinge 7,4% da população. A doença ocorre porque o pâncreas não produz insulina suficiente para manter o organismo saudável. A insulina é um hormônio essencial para que a energia dos alimentos chegue em doses corretas a todas as células do corpo.

– Saía muito cedo de casa e retornava por volta de meia noite, pois tinha que conciliar atividade profissional com a universidade. Tinha todos os sintomas e não me dei conta. Visão turva, fome e sede absurdas, perda de peso, urinava muitas vezes à noite, cansaço físico. Em pouco tempo saí de uma condição favorável de saúde para o diagnóstico de diabetes – disse o atleta, de 48 anos.

No início, ele chegou a se entregar às dificuldades que o diabetes impõe, negligenciando o tratamento e abusando da alimentação. O Dia Mundial do Diabetes foi comemorado na última sexta-feira, e Kener pode ser visto como um bom exemplo para quem ainda luta para ter uma vida normal mesmo sendo portador da doença. Abraçou a causa e usou o esporte para isso.

– Desde garoto sempre gostei de atividades esportivas. No período do diagnóstico estava afastado do ciclismo e das corridas. Só conseguia fazer alguma coisa nos finais de semana: o básico. Refletindo, depois, percebi como aos poucos fui saindo do rumo seguro para uma direção que acionou o “gatilho” e trouxe o diagnóstico – disse Kener.

Entre as façanhas do triatleta estão cinco provas de ironman, algumas maratonas, ultramaratonas e dois desafios São Paulo-Rio, quando pedalou entre as duas cidades praticamente sem parar. O esporte o ajuda a conviver com o diabetes.

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– Uma base bem estruturada te leva ao infinito e é composta de: orientação médica (endocrinologista), que fará a análise dos resultados dos exames e orientará sobre as medições glicêmicas e aplicações de insulinas; orientação sobre atividade física e esportiva (educador físico), que sabendo de sua condição prescreverá as atividades e o acompanhará durante a execução e orientação nutricional (nutricionista), que irá compor uma dieta alimentar e suplementar de acordo com sua condição e objetivos – destacou.

Kener revela as pessoas ainda se surpreendem quando sabem que ele tem diabetes, mas pratica esporte com assiduidade.

– Quando se fala em diabetes a primeira ideia que se tem são os problemas. A fotografia é sempre de pessoas de idade mais elevada e que já apresentam complicações por mau controle, como cegueira, comprometimento de membros, amputações, hemodiálise, etc. Mas há o lado extremamente positivo, e esse precisa ser amplamente difundido.
O competidor disse que se identifica com o triatlo de longa distâncias e sua disciplinas.

– Talvez pelo fato de o bom controle do diabetes ser algo que demande tempo, dedicação, disciplina, aprendizado e muito autoconhecimento, me vi apaixonado – encerrou.

Nos dia 29 e 30 de novembro será realizado em São Paulo o 3º Encontro Diabetes & Desportes, com ciclo de palestras no sábado e uma corrida no domingo. Na ocasião, Kener estará presente e fará uma apresentação contando mais sobre a sua história de vida.

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