Bayer lança medicamento para doença ocular causada pelo diabetes

Foto ilustrativa / Divulgação
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Pacientes diagnosticados com edema macular diabético (EMD) têm à disposição uma nova terapia para o tratamento da doença. Aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em setembro, o Eylia (aflibercepte) passa a ser uma importante opção para o tratamento da principal doença ocular causada pelo diabetes. O medicamento também está aprovado para outras quatro doenças vasculares da retina, são elas: degeneração macular relacionada à idade (DMRI) forma úmida, oclusão venosa da retina (OVR) (nas suas duas formas de apresentação: oclusão da veia central da retina (OVCR) e oclusão de ramo da veia retiniana (ORVR)) e neovascularização coroidal miópica (NVCm).

Assim como a retinopatia diabética, o edema macular diabético é outra complicação causada pelo aumento de açúcar no sangue, que leva a alterações nos vasos sanguíneos de todo o corpo, incluindo os vasos do olho, especificamente da parte posterior do olho chamada de retina e sua porção central denominada mácula.

A mácula é a região da retina que dá nitidez e foco às imagens, por isso o edema, ou seja, a presença de fluído dentro da mácula, causa uma perda severa de visão e pode até levar à cegueira, explica o oftalmologista e retinólogo Arnaldo Bordon, membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo e diretor do Setor de Saúde Ocular da Sociedade Brasileira de Diabetes.

– Cerca de 4% das pessoas com diabetes são afetadas pelo edema macular diabético. Levando em consideração o crescimento na incidência de diabetes, projetamos um aumento considerável de pessoas impactadas pelo EMD. Sem o tratamento adequado, a doença resulta na perda total da visão, o que pode afetar a significativamente as atividades diárias do paciente, cuidadores e familiares.

O edema macular diabético é a principal causa de cegueira em jovens adultos e de meia-idade nos países desenvolvidos. Sua ação incapacitante gera ainda impactos sociais e econômicos desencadear em alguns casos problemas psicológicos como depressão, baixa autoestima e isolamento social, além de impactos financeiros devido à falta ou perda do emprego por não enxergar.

Dessa forma, o diagnóstico precoce e a adoção do tratamento adequado são fundamentais não só para possibilitar a recuperação da visão, mas também para a manutenção da qualidade de vida do paciente. Hoje, o tratamento padrão-ouro do EMD é a injeção intraocular de antiVEGF, sendo o Eylia o mais novo antiVEGF disponível no Brasil.

Diabetic Center

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